por Paulo Jonas de Lima Piva
Dilma finalmente reeleita. Trata-se, porém, de um alívio e de uma festa de poucos instantes. Nem bem o resultado das urnas foi anunciado pelo TSE e a pior direita brasileira, por meio da sua máfia midiática, já pôs-se a discutir, movida pelo ressentimento e pelo ódio, o impeachment da presidenta usando o factóide do depoimento do doleiro Youssef à edição golpista de Veja. O primeiro grande abacaxi do seu segundo mandato já foi pautado.
Foram quatro anos de massacre - de muito, mas muito massacre - e também de muita covardia por parte da grande mídia que não aceitou a derrota de José Serra em 2010. Massacre e covardia nas manchetes, nos editoriais, nas reportagens, nos artigos de colunistas, nas opiniões de âncoras e comentaristas desse partido mafioso que não quer o fim das desigualdades sociais no país. Ninguém foi mais atacada, desrespeitada, achincalhada, vaiada, xingada, ofendida, humilhada, caluniada, difamada, do que a mulher, avó e presidenta de 67 anos Dilma Rousseff. No entanto, ela enfrentou todo esse massacre e toda essa covardia midiáticas durante os quatro anos do seu primeiro mandato do mesmo modo que enfrentou seus torturadores na ditadura. Não se vergou nunca.
Em junho de 2013 eclodiram as micaretas facebookianas da esquerdinha punheta em sociedade prática com o fascismo black bloc e com o gigante coxinha acordado, que a máfia midiática e a pior direita souberam canalizar muito bem contra a imagem da presidenta e do PT. Mais massacre, mais desgaste, porém, mesmo lá embaixo nas pesquisas de popularidade, Dilma resistiu firme e ponderada.
Um ano depois veio a Copa. Grande mídia, coxinhas, fascismo black bloc e esquerdinha punheta fizeram a festa para a direita tucana com a idiotice do "Não vai ter copa". Vaiada no estádio, sabotagens mil para o evento desmoronar, seleção brasileira perdeu na final, e Dilma, bastante atingida, sobreviveu a mais uma sessão de tortura.
Depois de tudo isso, as eleições presidenciais. Ódio insano ao PT e ao governo, manipulações midiáticas aos montes. Em outras palavras, mais massacres. Mesmo assim, Dilma nunca se fez de vítima nem de coitada. Enfrentou toda pressão com a mesma firmeza da época da tortura, inclusive, no último momento, indo para o confronto aberto, mano a mano, com a toda-poderosa Veja, e virando o resultado no final da campanha.
Em suma, a despeito dos massacres e das covardias de toda ordem que sofreu, Dilma venceu a eleição, derrotou com o voto dos trabalhadores e dos setores mais progressistas da sociedade os seus massacradores.
Fonte: http://www.opensadordaaldeia.blogspot.com.br/2014/10/enfim-reeleita-massacrada-durante.html
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