Parece que os grandes intérpretes do Brasil possuem sempre uma postura bastante sólida sobre suas pesquisas. Esse fato foi o ocorrido com Darcy Ribeiro mas não sei se pode ser dito sobre a obra em questão. Não que ela não possua um posicionamento sempre crítico em relação a posição subalterna onde sempre foi mantido o povo.
Ocorre que por mais que esse posicionamento seja presente, pelo menos em minha mais modesta e humilde interpretação do texto de Holanda, sempre há um ponto de vista eurocêntrico. Mesmo que o autor vise mostrar perspectivas para um melhor funcionamento do aparato social, não se preocupa em demonstrar o que era de fato o povo com sua cultura e suas manifestações de aceitação ou de revolta, mas sim sempre como o colonizador instalou-se em território nacional.
Que fique evidente o tamanho de minha pequenez intelectual comparada ao grande reconhecimento do autor supra citado, mas não é possível comparação com a obra de Ribeiro, que busca sempre, mesmo que de maneira tendenciosa, tornar relevante o povo e não seu algoz.
Ainda assim é um clássico dos estudos sociais brasileiros e deve obrigatoriamente ser lido e relido.
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