sábado, 26 de abril de 2014

Firehouse - Hold Your Fire [Full Album]

Coronel que admitiu ter torturado é morto no Rio.

Paulo Malhães é encontrado com sinais de sufocamento pouco mais de um mês após o oficial admitir ter visto e participado de torturas, mortes e sumiço de corpos durante a ditadura
Coronel que admitiu ter torturado é morto no Rio
"Paulo Malhães durante seu depoimento à Comissão da Verdade, em março"
Rio - (atualizado às 23h48) Um dos mais notórios torturadores da ditadura militar, o coronel da reserva do Exército Paulo Malhães foi assassinado no sítio onde morava, em Nova Iguaçu, na noite de quinta-feira, 24. O crime aconteceu pouco mais de um mês após o oficial admitir ter visto e participado de torturas, homicídios e sumiço de corpos durante o regime autoritário, quando integrou a repressão política.
Malhães foi provavelmente asfixiado até a morte por três homens que invadiram sua casa e o mantiveram prisioneiro por cerca de nove horas. Também foram feitos reféns a mulher do oficial, Cristina Batista, e o caseiro, identificado como Rogério.
Segundo a viúva , às 13h de quinta os três criminosos invadiram o sítio, supostamente em busca das armas que o coronel colecionava. O casal não estava no local e foi rendido ao chegar. O caseiro, de acordo com a Polícia Civil, não teria visto quando os criminosos entraram por uma janela e foi rendido pouco depois de Malhães e Cristina.
Os invasores - que portavam duas armas curtas e uma longa, e um deles de capuz - separaram as vítimas e reviraram a casa. O oficial ficou preso em seu quarto, onde seria encontrado morto. Mais duas pessoas que ficaram do lado de fora ajudaram na fuga dos invasores, segundo uma testemunha.
O corpo do militar foi deixado de bruços, com o rosto sobre uma almofada. Apresentava grande cianose (marcas azul-arroxeadas na pele) no rosto, indício de sufocamento, e não tinha sinais de tortura nem de ferimento a bala, segundo o delegado adjunto da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, Fábio Salvadoretti.
Durante o dia, a polícia ouviu depoimentos de Cristina e Rogério. Ambos deixaram a delegacia à noite, em uma viatura e sob escolta de policiais armados.
"Não descartamos nenhuma hipótese", disse o delegado. "Pode ter sido homicídio por vingança e até mesmo latrocínio (roubo seguido de morte), uma vez que foram levados vários pertences da vítima." Salvadoretti afirmou que as declarações de Malhães às Comissões da Verdade do Rio de Janeiro e Nacional serão investigadas entre as motivações para o crime.
De acordo com o delegado, os invasores perguntavam por armas e joias o tempo todo. Após mais de oito horas, os criminosos fugiram com dois computadores, pelo menos três armas da coleção do militar, um aparelho de som, joias e cerca de R$ 700. Parte dos objetos foi encontrada no mato, perto do imóvel.
Rogério e Cristina foram deixados amarrados em outros cômodos. Ela conseguiu se libertar na madrugada desta sexta e chamou a polícia. Os policiais só chegaram de manhã, porque a região, rural e isolada, é disputada por facções criminosas.
Depoimento. Em março, Malhães prestou à Comissão Estadual da Verdade do Rio depoimento em que relatava ter participado de prisões e torturas na ditadura. Disse também que foi encarregado pelo Exército de desenterrar e sumir com o corpo do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971.
Dias depois, à Comissão Nacional da Verdade, reafirmou ter tomado parte em torturas, mas mudou sua versão sobre o sumiço dos restos mortais de Paiva. O corpo desenterrado, segundo ele, não poderia ser identificado por estar em decomposição.
A médica Karla Malhães, mais velha dos cinco filhos do oficial, afirmou que a família "está surpresa e não sabe o que pensar" sobre o crime. Ela disse ter conversado com o pai no domingo e chegou a perguntar se ele havia sofrido ameaças. Malhães negou, segundo ela.
"É tudo muito, muito assustador, muito surpreendente, não sabemos o que pensar. Por enquanto é latrocínio, roubo seguido de morte", afirmou Karla. A filha disse que não sabia das atividades do pai na repressão até os depoimentos. "Dissemos a ele que não devia ter falado, tanto tempo depois, ainda mais sem nos preparar."
Segundo Karla, Malhães se isolou mais da família após os depoimentos. O coronel completou 77 anos em 17 de abril, sem qualquer comemoração, disse ela. / COLABOROU FÁBIO GRELLET

Fonte: http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/coronel-que-admitiu-ter-torturado-%C3%A9-morto-no-rio

Eleições 2014: oligarquia midiática vai para cima de Padilha com o mais novo factóide. Veja, Globo, Folha e Estadão são o principal exército de Alckmin nesta eleição.

:



por Paulo Jonas de Lima Piva

O modus operandi do jogo político sujo contra o PT já é conhecido: para tentar destruir o PT e ajudar o PSDB, ainda mais em ano eleitoral, os jornais impressos da oligarquia midiática noticiam um factóide, que é ampliado pelas suas revistas semanais e, em seguida, reproduzido com estardalhaço pelos seus telejornais. Por sua vez, tal noticiário mentiroso alimenta os ataques da oposição no Congresso Nacional, que viram primeiras páginas dos jornais impressos no dia seguinte. É o que estão fazendo com Padilha.

Fonte: http://opensadordaaldeia.blogspot.com.br/2014/04/eleicoes-2014-oligarquia-midiatica-vai.html

Folha distorce fala de Lula em Salamanca sobre a Petrobrás; áudio comprova.

publicado em 25 de abril de 2014 às 11:48

O ex-presidente Lula recebeu na quarta-feira (23), o título de doutor honoris causa da Universidade de Salamanca, na Espanha
do Instituto Lula, via e-mail 
NOTA À IMPRENSA
São Paulo, 25 de abril de 2014,
O jornal Folha de S.Paulo publicou nesta quarta-feira (23) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou “estar por fora”, quando perguntado sobre a Petrobras. Na realidade, o ex-presidente diz “eu estou fora”, se referindo sobre estar fora do Brasil. Ouça o áudio completo da entrevista coletiva concedida por Lula, na quarta-feira (23) em Salamanca na Espanha e verifique que ele não falou o que foi publicado pelo jornal e repercutido por outros veículos de comunicação no Brasil.


Fonte: http://www.viomundo.com.br/denuncias/folha-distorce-fala-de-lula-em-salamanca-sobre-a-petrobras-confira-o-audio.html

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Dilma sanciona o Marco Civil da Internet.

Dilma sanciona o Marco Civil da Internet

No NetMundial, Dilma sanciona Marco Civil da Internet. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
No NetMundial, Dilma sanciona Marco Civil da Internet. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff sancionou nesta quarta-feira (23), em São Paulo, durante o Encontro Multissetorial Global Sobre o Futuro da Governança da Internet (NetMundial), o Marco Civil da Internet. Segundo Dilma, o Brasil tem muito a contribuir no processo de construção de uma nova governança da Internet a partir do amplo processo interno que resultou na lei do Marco Civil da Internet.
“O Brasil tem muito a contribuir, a partir do amplo processo interno que resultou na lei do Marco Civil da Internet, aprovada ontem pelo Congresso Nacional e que tenho a honra de sancionar, aqui, neste evento. A lei, que Sir Tim Berners-Lee considerou ‘um presente para a web em seu 25º aniversário’, demonstra a viabilidade e o sucesso de discussões abertas e multissetoriais, bem como da utilização inovadora da Internet como plataforma interativa de debates”.
Dilma lembrou que o Marco Civil consagra a neutralidade de rede, ao estabelecer que as empresas de telecomunicações devem tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. Disse ainda que as empresas também não podem bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados.
“O Marco Civil protege a privacidade dos cidadãos, tanto na relação com o governo quanto nas relações com empresas que atuam na Internet. As comunicações sao invioláveis, salvo por ordem judicial específica. A lei traz, ainda, regras claras para a retirada de conteúdo na rede. O Marco Civil, exemplo de que o desenvolvimento da Internet não pode prescindir dos Estados nacionais, é uma referência inovadora porque, em seu processo de elaboração, ecoaram as vozes das ruas, das redes e das instituições”.

Fonte:http://blog.planalto.gov.br/dilma-sanciona-o-marco-civil-da-internet/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=dilma-sanciona-o-marco-civil-da-internet

Vai ter Copa: Sem dinheiro da Saúde ou da Educação. 50 benefícios que o evento trará ao Brasil.

50 dias para a Copa: Conheça 50 benefícios propiciados pelo Mundial de futebol

23/04/2014 08:00

A 50 dias de a bola rolar para Brasil x Croácia, na primeira das 64 partidas da Copa do Mundo, o Portal da Copa reuniu uma série de informações que detalham os investimentos feitos em várias frentes para o Brasil receber o Mundial. Investimentos que transcendem, e muito, a construção e reforma das 12 arenas. Envolvem infraestrutura turística, aeroportos, mobilidade urbana, terminais de passageiros em portos e estrutura em segurança que ficará para as cidades-sede. Também incluem qualificação profissional, incentivo ao voluntariado e promoção do artesanato e de eventos culturais com valorização da cultura nacional. Em outra frente, mexe com a economia, antecipa investimentos em telecomunicações, gera empregos em diversos setores e implementa novos padrões de sustentabilidade em obras. Confira:
1. Mais turistas
A Copa aumenta a visibilidade do Brasil e atrai milhares de turistas estrangeiros.
2. Mais turistas gastando mais
Estudo da Embratur mostra que os gastos dos turistas brasileiros e estrangeiros durante a Copa devem chegar a R$ 25,2 bilhões em todo país.
3. Mais estrutura para os turistas
R$ 196 milhões estão sendo investidos em infraestrutura turísticas nas cidades-sede: novos Centros de Atendimento ao Turista, mais sinalização e acessibilidade que ficarão para o país.
4. Mais infraestrutura
A Copa antecipa investimentos em infraestrutura necessários para o Brasil.
5. Melhorias no país
Os investimentos são em mobilidade urbana, portos, aeroportos, estádios, segurança, telecomunicações e turismo.
6. Investimentos
R$ 25,6 bilhões é o total de investimentos nas cidades-sede da Copa, detalhados na Matriz de Responsabilidades.
7. A Copa é do Brasil
As 12 sedes estão espalhadas nas cinco regiões do país.
8. Estádios financiados
Não há dinheiro do orçamento da União nos estádios. Eles foram erguidos com financiamento do BNDES, recursos locais e recursos da iniciativa privada e somam R$ 8 bilhões. O valor será pago de volta ao banco.
9. Saúde e educação
A Copa do Mundo não retirou nenhuma verba dos orçamentos da Saúde e da Educação – ambos aumentam a cada ano.
10. Arenas sustentáveis e seguras
Os 12 estádios da Copa são mais modernos e sustentáveis, e trazem conforto e segurança para os torcedores.
11. Transporte coletivo
São 45 obras de mobilidade urbana que priorizam o transporte coletivo e representam investimento de R$ 8 bilhões. Algumas ficarão prontas depois da Copa do Mundo.
12. Mais transporte
#Visite o novo Guia das Cidades-Sede
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Os projetos de mobilidade urbana para a Copa incluem corredores e vias para ônibus, Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), projetos de Bus Rapid Transit (BRTs), estações, terminais e Centrais de Controle de Tráfego.
13. Portos
O investimento em portos é de R$ 587 milhões nas cidades-sede de Fortaleza, Natal, Recife, Salvador e Manaus, além de uma obra em Santos (SP).
14. Aeroportos mais modernos
Os 21 empreendimentos de reforma e construção de terminais aumentarão em 81% a capacidade de recepção de passageiros nas sedes da Copa do Mundo. Isso fica para o Brasil.
15. Investimentos em aeroportos
O investimento nos aeroportos é de R$ 6,28 bilhões, sendo R$ 3,62 bilhões de recursos privados.
16. Brasil em evidência
Um total de 90 aeroportos serão usados na Copa para o deslocamento de delegações, autoridades e público em geral.
17. Reforço na malha aérea
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou 1.973 novos voos entre 6 de junho e 20 de julho.
18. Mais voos, mais vagas
A oferta de assentos nos aviões para o período da Copa é 11,5 milhões.
19. Melhorias em telecomunicações
O Brasil está investindo R$ 404 milhões em telecomunicações para a Copa, sendo R$ 233 milhões da Telebras e R$ 171 milhões da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
20. Tecnologia 4G
A tecnologia móvel 4G, até 10 vezes mais rápida que a atual, já é uma realidade nas 12 cidades-sede.
21. Mais segurança
O investimento em segurança pública no país para a Copa é de R$ 1,9 bilhão.
22. Legado em segurança
Os Centros Integrados de Comando e Controle (12 regionais e 2 nacionais) são um dos grandes legados de segurança para o país.
23. Trabalho voluntário
Até 18 mil participantes do programa Brasil Voluntários do governo federal darão suporte aos torcedores nos pontos principais de movimentação das cidades-sede. Eles receberão certificados da Universidade de Brasília, valorizarão seus currículos e enriquecerão suas experiências pessoais.
24. Empregos
A Copa deve gerar cerca de 710 mil empregos permanentes e temporários.
25. Retorno de investimento
Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e do Ministério do Turismo mostrou que somente a Copa das Confederações acrescentou R$ 9,7 bilhões ao PIB brasileiro.
26. Acréscimo ao PIB
A expectativa é de que a Copa gere quase R$ 30 bilhões de acréscimo ao PIB Brasileiro (Fonte: Pesquisa Mtur/Fipe).
27. Mais cultura
O investimento na revitalização de museus e de outros equipamentos culturais das cidades-sede é de mais de R$ 50 milhões.
28. Diversidade cultural
O concurso Cultura 2014 abriu espaço para a contratação de 1,2 mil apresentações para reforçar a programação cultural nas cidades-sede.
29. Mais artesanato
O artesanato também terá destaque na Copa com o projeto Vitrines Culturais, que está selecionando 60 mil peças para venda durante o Mundial.
30. Arenas multiuso
As arenas da Copa são multiuso. Além do futebol, recebem shows, congressos e diversos outros eventos.
31. Copa além das 12 sedes
Os Centros de Treinamento escolhidos pelas 32 seleções estão localizados em 27 cidades.
32. Oportunidades
Cerca de R$ 100 milhões já foram gerados em negócios para micro e pequenas empresas por oportunidades ligadas à Copa.
33. Mais exportações
A Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil) atingiu US$ 1,8 bilhão em negócios no Projeto Copa somente durante a Copa das Confederações.
34. Capacitação
Cerca de 10 mil profissionais de saúde foram capacitados para atuar na Copa do Mundo ao longo dos últimos três anos.
35. Saúde
As 12 sedes possuem, ao todo, 531 unidades do (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), 66 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 67 hospitais para atender a população local e os turistas durante o Mundial.
36. Torcida em peso
2,57 milhões de ingressos da Copa foram alocados para torcedores brasileiros e estrangeiros até o dia 1º de abril.
37. Recorde de solicitações
A Copa do Mundo no Brasil teve um recorde de solicitações de ingressos. Foram 11 milhões de pedidos.
38. Mais hotéis
R$ 1,03 bilhão foi o valor destinado para a construção ou reforma de hotéis em cidades-sede e redondezas pela linha de financiamento ProCopa Turismo do BNDES.
39. Sustentabilidade
O lixo sólido produzido nos 12 estádios da competição será coletado e encaminhado para reciclagem em cooperativas.
40. Preços justos
Um comitê interministerial foi criado para discutir e fiscalizar tarifas de passagens e hotéis durante o torneio.
41. Transparência
As obras da Copa são fiscalizadas por órgãos de controle regionais e federais, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e os tribunais estaduais.
42. Qualificação profissional
166 mil pessoas foram matriculadas em cursos de qualificação do Pronatec Turismo, ultrapassando a meta de 157 mil vagas até a Copa do Mundo.
43. Qualificação turística
O Pronatec Turismo ofereceu 54 cursos de idiomas e profissionalizantes ligados ao setor de turismo em 120 cidades.
44. Integração 
A Copa está sendo planejada de forma integrada. Comitê Organizador Local, governos federal e estadual e prefeituras atuam em conjunto na preparação do evento.
45. O mundo de olho no Brasil
Aproximadamente 18 mil jornalistas estão credenciados para a cobertura da Copa. Mais um recorde do Mundial do Brasil.
46. O Brasil campeão
A final da Copa das Confederações atraiu a maior audiência em esportes da TV Brasileira, com cerca de 42 milhões de pessoas sintonizadas.
47. Lembranças da Copa
O Banco Central do Brasil lançou nove modelos de moedas oficiais comemorativas do Mundial, com tiragem de 165 mil exemplares.
48. Selos comemorativos
Os Correios colocaram em circulação 12 selos que retratam as cidades-sede, com tiragem de 600 mil exemplares.
49. Experiência para a vida toda
Cerca de 700 adolescentes terão a oportunidade de vivenciar os jogos da Copa como gandulas.
50. Segurança das fronteiras
A Operação Ágata fará ações de segurança nos quase 17 mil quilômetros de fronteiras brasileiras com os países sul-americanos. Serão mais de 33 mil militares.
Fonte: http://www.copa2014.gov.br/pt-br/noticia/50-dias-para-a-copa-conheca-50-beneficios-propiciados-pelo-mundial-de-futebol

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Quando é do PT... a Globo mostra?

Juventude propõe a reforma política por meio de uma Constituinte.

Juventude coloca na rua bandeira da constituinte para reforma política

publicada terça-feira, 22/04/2014 às 21:32 e atualizada quinta-feira, 24/04/2014 às 12:50
Da Comunicação do Levante Popular da Juventude
O Levante Popular da Juventude reuniu 3 mil jovens de 25 estados em um encontro, entre os dias 17 e 21 de abril, em um parque na divisa de São Paulo e Cotia.
Durante o acampamento, foram realizadas atividades de formação política, oficinas e apresentações culturais. O rapper Gog, o grupo  carioca Apafunk e a roda de samba Madeira de Lei fizeram apresentações durante o encontro.
O ato político do acampamento uniu representantes das juventudes de PT, PCdoB, PSOL, CUT, CTB, UNE, Reju.
Estiveram presentes também o coordenador de juventude da prefeitura de São Paulo Gabriel Medina, representante do prefeito Fernando Haddad, e a secretária de juventude da Presidência Severine Macedo, que falou em nome da presidenta Dilma Rousseff.
Na segunda-feira, o movimento de juventude fez uma marcha pela Avenida Paulista, até a Assembleia Legislativa de São Paulo, em defesa de uma constituinte exclusiva e soberana para mudar o sistema político. (clique aqui para ver vídeo)
No ato, os jovens fizeram uma intervenção em uma agência do Banco Itaú (clique aqui para ver vídeo), estendendo uma faixa com os dizeres FINANCIAMENTO PRIVADO DE CAMPANHAS > LUCRO DOS BANCOS > CORRUPÇÃO POLÍTICA.
Na Alesp, o movimento estendeu uma faixa com a expressão PODER PARA O POVO e pichou o chão com LEVANTE-SE PELA CONSTITUINTE.
O Levante, que se organiza a nível nacional desde 2012, ganhou notoriedade com os escrachos contra torturadores, os protestos contra a Globo e pela democratização da mídia e, mais recentemente, os rolezinhos contra as encochadas no metrô. (clique aqui para ver vídeo)
Abaixo, leia a carta apresentada no final do encontro.
CARTA COMPROMISSO DO II ACAMPAMENTO NACIONAL
DO LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE
Somos mais de três mil jovens, de vinte e cinco estados, reunidos no II Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude. Somos jovens da periferia, do campo, das universidades públicas e particulares, secundaristas, jovens trabalhadores. Somos mulheres, gays, lésbicas, transexuais, travestis, indígenas, quilombolas, negras e negros. Somos produtores de arte e cultura, em suas mais diversas expressões, ritmos e cores. Nesse momento de encontro nacional, ousamos reafirmar o nosso compromisso com a construção do Projeto Popular para o Brasil.
Com apenas dois anos de construção nacional, realizamos inúmeras lutas, seminários de formação, centenas de acampamentos estaduais e municipais, milhares de reuniões de células. Consolidamos um movimento nacional, de massas, comprometido com a democracia popular, a sustentabilidade, o desenvolvimento, a soberania dos povos, o feminismo, o internacionalismo e a solidariedade.
Sabemos que ainda vivemos numa sociedade dividida em classes, em permanente luta entre aqueles que exploram e as trabalhadoras e trabalhadores que têm o fruto de seu trabalho roubado. Esse é o sistema capitalista patriarcal e racista, mundialmente organizado na sua forma imperialista, que destrói a natureza, extermina a juventude negra, oprime as mulheres, invisibiliza e violenta as diversas formas de expressão da sexualidade, concentrando a riqueza e o poder nas mãos das elites.
No Brasil a mesma classe dominante há mais de 500 anos explora e oprime nosso povo, e até hoje controla o poder político, a economia e os meios de comunicação. Uma elite violenta, que não tem problema em dizimar aqueles que discordam dela, como aconteceu durante a ditadura. O golpe faz 50 anos, e as marcas do período de chumbo continuam no nosso presente: a violência policial, o monopólio da mídia e o controle das empresas sobre a política de nosso país são suas marcas mais visíveis.
Nos últimos anos, mesmo com as realizações dos governos neodesenvolvimentistas que trouxeram benefícios à população brasileira, não ocorreu nenhuma transformação estrutural na sociedade brasileira. São os limites do atual sistema político: a atual democracia brasileira não quer e não pode transformar estruturalmente o país. A elite escravocrata, ditadora e assassina permanece no poder, controlando o Congresso Nacional e o Poder Judiciário e não irá ceder a reformas que possam melhorar a vida do povo.
Em 2013 estivemos nas ruas junto de milhões de jovens em todo o país. Com todas suas contradições, as manifestações de junho tiveram um caráter progressista e exigiram reformas estruturais na saúde, na educação, na mobilidade urbana e pela democratização dos meios de comunicação. Além disso, foram um marco da força e da vontade da juventude de ir às ruas lutar pelos seus sonhos, anunciando um novo ciclo de lutas sociais.
Nós, do Levante, somos parte deste processo e nos comprometemos com as lutas da juventude brasileira, da classe trabalhadora na mudança do atual sistema político.
Por isso, nos comprometemos:
- Com a luta por memória, verdade e justiça. Pela revisão da Lei de Anistia e punição aos torturadores;
- Com a luta pela democratização dos meios de comunicação e contra o monopólio da mídia,
- Com a construção de um projeto popular pra educação. Com 10% do PIB pra educação pública, por acesso e permanência na educação infantil, fundamental e superior; por cotas raciais e sociais; pelo fim do fechamento das escolas no campo;
- Com a luta pelo direito à cidade. O espaço público deve ser ocupado pelo povo e para isso precisamos de transporte público de qualidade com tarifa zero.
- Com a produção e a defesa da cultura popular brasileira, como forma de enfrentar a alienação, o individualismo e a indústria cultural que destrói a nossa diversidade.
- Com o combate ao o machismo, pelo fim da violência contra a mulher, pela igualdade de salários e oportunidades; por creches para todas as crianças;
- Com o combate à homofobia, por politicas publicas e lei anti-homofobia
- Com o combate ao racismo, pela desmilitarização das PMs que promovem o extermínio da juventude negra;
- Contra a criminalização dos movimentos sociais, pelo livre direito a organização e manifestação;
- Com a luta por uma Constituinte exclusiva e soberana do Sistema Politico, através da realização do Plebiscito Popular.
Muito fizemos até aqui, mas temos ainda muitos desafios no caminho. Para avançar na construção do Projeto Popular, é preciso muito suor, trabalho de base, formação política e agitação e propaganda. Construindo e multiplicando o Levante, nossa ferramenta de luta e organização. Nosso movimento deve estar voltado para a luta de massas, pois só ela pode mudar a vida da juventude e de todo o povo brasileiro. É também fundamental construir a unidade das forças populares, com humildade e generosidade, pois sabemos que a transformação da realidade é tarefa de milhões.
É nosso compromisso central seguir firmes na luta e na construção da revolução brasileira. Sabemos que o mundo novo só será construído enfrentando o desafio cotidiano da igualdade e da democracia, sem nenhuma forma de opressão. Temos certeza que nossa coragem, firmeza e trabalho coletivo nos levará à vitória.
Ousar lutar, organizando a juventude pro Projeto Popular!
São Paulo/Cotia (SP), 21 de abril de 2014, II Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude

Fonte: http://www.rodrigovianna.com.br/geral/levante-popular-coloca-na-rua-bandeira-da-constituinte-para-reforma-politica.html

The Beatles- Tomorrow Never Knows

Na Inglaterra é comunismo ou chavismo?

Estudante fala da experiência no Prouni Internacional

Dr. SIN 10 ANOS - AO VIVO

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Doro - Doro (Full Album) 1990

Crowbar Sever the Wicked Hand Full Album

Entrevista com Stédile, principal cabeça do MST.

Stédile: "o neodesenvolvimentismo chegou ao seu limite"

Segundo a liderança mais expressiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, programa do governo de conciliação de classes "bateu no teto".


Léa Maria Aarão Reis
ABI
"A reforma agrária fixa o homem no campo e desfaveliza o país." É a ideia central, hoje, do discurso que, com perseverança, põe em prática há 35 anos, o fundador e uma das lideranças mais expressivas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o economista gaúcho João Pedro Stédile, de 61 anos. Carismático, um dos pensadores de raiz marxista e dos ativistas de esquerda mais importantes do país, Stédile não hesita em dizer: "Perdeu-se a oportunidade histórica de fazer a chamada reforma agrária clássica no Brasil." Para ele, o importante agora é a luta resultante da aliança entre os trabalhadores do campo e os da cidade - os que farão a reforma agrária popular. E acrescenta: "A cidade grande é o inferno em vida para o camponês, pois sobra para ele a favela e a superexploração."
 
Gaúcho nascido na cidade de Lagoa Vermelha, região de agropecuária do nordeste do Rio Grande do Sul, nesta entrevista exclusiva a Carta Maior João Pedro relembra três datas seminais do MST, 17 de abril: o Dia Nacional da Luta pela Reforma Agrária, o Dia Mundial da  Luta Campesina e os 18 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no sul do Pará, quando 1500 trabalhadores rurais foram brutalmente agredidos pela Polícia Militar do estado e 18 trabalhadores foram por ela assassinados. Privatizações de terras, de acesso aos minérios – do subsolo do país -, de águas, fontes naturais, lençóis freáticos, e até do ar da Amazônia estão na pauta da nossa conversa assim como o tema do agronegócio: "A mídia é a arma para protegê-lo e aos seus lucros," lembra o líder do MST.
 
Carta Maior: Quais as mudanças nas ações do MST a partir deste ano? 

Stédile: A reflexão coletiva no MST e na Via Campesina Brasil é a de que, no passado, estava posto um programa de reforma agrária que visava resolver o problema de terra de trabalho, e ao mesmo tempo desenvolver as forças produtivas, o mercado interno para a indústria nacional e assim participava do processo de desenvolvimento nacional.
 
Esse tipo de reforma agrária ficou conhecido como reforma agrária clássica. Ele se realizava quando havia condições de uma aliança tácita entre os camponeses que precisavam de terra e a burguesia industrial, que precisava de mercado interno. No Brasil, chegamos mais próximo dessa possibilidade na crise da década de 60 quando o governo Goulart apresentou um projeto de reforma agrária clássica, que era também revolucionário para a época. Ele apresentou o projeto dia 13 de março e caiu dia 1 de abril. Mais tarde, esse programa poderia ainda ter sido implementado na redemocratização do país, no governo Tancredo, quando José Gomes da Silva, nosso maior especialista em reforma agrária clássica foi presidente do Incra. Ele preparou um plano que previa assentar 1,4 milhões de famílias em quatro anos. Apresentou ao Sarney dia 4 de outubro e caiu dia 13 de outubro de 85. Quando Lula chegou ao governo também imaginávamos que esse programa poderia ser retomado. Mas aí o contexto econômico e político já era outro. E a reforma agrária clássica ficou nas calendas.
 
CM: A reforma agrária clássica, então, não tem mais sentido aqui no Brasil? E o que é projetado no lugar dela para que se cumpra, enfim, a justiça social e econômica no campo?

Como eu disse: a reforma agrária clássica visava resolver a questão do trabalho no campo e o desenvolvimento industrial com mercado interno. Nos tempos atuais, o que hegemoniza o capitalismo é o capital financeiro e as empresas transnacionais que controlam o mercado mundial de alimentos. Para essa classe dominante não interessa mais reforma agrária, de nenhum tipo, pois eles não precisam de mercado interno, nem de camponeses, nem de indústria nacional. E por isso estão implementando um novo modelo de controle da produção agrícola pelo capital, que é o agronegócio.
 
O agronegócio representa os interesses apenas dos grandes proprietários de terra, do capital financeiro e das empresas transnacionais. Um modelo baseado na monocultura, em que cada fazenda se especializa num só produto como soja, cana, pastagens ou eucalipto. (No Brasil de agora, 80% de todas as terras se dedicam apenas a esses quatro cultivos.) Em lugar de usar mão-de-obra eles fazem uso intensivo de máquinas agrícolas e de venenos, ambos controlados pelas empresas transnacionais. Destroem o meio ambiente, pois o único objetivo é o lucro máximo. E estão completamente dependentes do capital financeiro, que adianta o crédito para que comprem os insumos das empresas transnacionais - e assim se fecha o ciclo.
 
Meia dúzia de empresas fica com o lucro, e o povo fica desempregado e com passivo ambiental, que já está afetando o clima até nas cidades. Por isso, não interessa mais reforma agrária clássica para a classe dominante atual. E ela está inviabilizada para os camponeses. Então, nós temos levantado a tese da necessidade de lutar por um novo tipo de reforma agrária que chamamos de reforma agrária popular.
 
CM: O que você chama de "reforma agrária popular"?

Diante dessa nova realidade agrária, com o domínio do capital internacional e financeiro, fizemos um intenso debate dentro do MST que envolveu toda nossa militância, nossa base, intelectuais e professores, amigos, durante dois anos. E terminamos com a realização do evento do VI Congresso Nacional há menos de dois meses, em fevereiro deste ano onde aprovamos essa formulação da necessidade de uma reforma agrária popular.
 
Reforma agrária popular porque agora ela precisa atender não só as necessidades dos camponeses sem terra, que precisam trabalhar. Mas as necessidades de todo o povo. E o povo precisa de alimentos, alimentos sadios, sem venenos, precisa de emprego, precisa de desenvolvimento da agroindústria, precisa de educação e cultura. Então, o nosso programa de reforma agrária de novo tipo, parte da necessidade de democratização da propriedade da terra, fixando limites, e propõe a reorganização da produção agrícola, priorizando a produção de alimentos sem venenos. Para isso precisamos adotar e universalizar uma nova matriz tecnológica que é a agroecologia. E foi isso que pedimos ao Silvio Tendler para mostrar em seu novo documentário, O veneno está na mesa 2.
 
Como é possível e necessária a matriz da agroecologia para produz alimentos sadios que beneficiam toda a população e evitam as enfermidades, sobretudo o câncer, provocado pelos alimentos contaminados por agrotóxicos. O Instituto Nacional do Câncer advertiu que, neste ano de 2014 teremos 526 mil novos casos de câncer entre os brasileiros. A maior parte deles de mama e de próstata. Precisamos uma reforma agrária que valorize a vida no interior, gerando emprego para jovens. E para isso propomos a implantação de milhares de pequenas agroindústrias na forma de cooperativas que vão dar emprego a milhões de jovens que precisam estudar. Propomos a democratização da educação para que todos tenham os  mesmos direitos e oportunidades sem sair do meio rural.
 
CM: Você tem denunciado que nesse modelo do agronegócio privatiza-se até o ar. Como é isso?

De fato, entre as características desse novo modelo do capital, é que este, agora mais poderoso, pois é dominado pelo capital financeiro e pelas empresas transnacionais, quando chega à agricultura, eprocura se apropriar de todos os recursos naturais para tirar lucro máximo.
 
Em períodos de crise capitalista no hemisfério norte, como o que estamos vivendo, essa necessidade deles aumenta, pois a apropriação privada dos recursos naturais, seja terra, minérios, água, energia elétrica, é fonte inesgotável de uma renda extraordinária, mais além da exploração do trabalho. Pois os recursos estão na natureza, e eles, ao se apropriarem desses recursos, colocam no mercado a preços bem acima do seu valor, medido pelo custo de produção.
 
Para isso, desde a implantação da hegemonia do neoliberalismo, foram impondo condicionamentos jurídicos, em todos os países do mundo, sob orientação dos Estados Unidos e dos organismos internacionais a seu serviço, como FMI, OMC, Banco Mundial, para garantir a propriedade privada de bens da natureza. Então, pela lei de patentes (aprovada em 1995), eles agora podem ser donos das sementes. Para isso fazem mudanças genéticas e dizem que é um novo ser vivo, transgênico, produzido em laboratório. Privatizaram as águas. Seja nos lençóis freáticos, seja nas fontes naturais. Privatizaram o acesso aos minérios.
 
CM: As riquezas do subsolo do país, propriedade da população e que deveriam estar a serviço do povo não escaparam desse processo de espoliação.
 
O Brasil concedeu, nos últimos anos, sob a gestão da velha Arena, que até hoje não largou a teta do Ministério de Minas e Energia, mais de oito mil licenças de mineração no nosso subsolo para empresas privadas que deveriam estar a serviço de todo povo. E agora, como você disse, estão tentando privatizar o oxigênio produzido pelas florestas nativas. Medem pelo GPS a quantidade de oxigênio produzido pelas florestas, emitem um documento que estabelece certo valor e isso se converte em dólares como crédito de carbono que é vendido na Europa para as empresas poluidoras se justificar e assim continuarem poluindo. Aqui, no Brasil, até a empresa Natura está praticando isso.
 
CM: Como agem as transnacionais dessa área no Brasil, hoje? 

Para se ter uma ideia, por outro lado, em termos de valores,  da crise mundial de 2008 para cá entraram no Brasil mais de 200 bilhões de dólares que foram aplicados em recursos naturais. Somente no setor sucroalcoleiro, que era propriedade da tradicional burguesia nacional, agora apenas três empresas transnacionais (Cargill, ADM e Bungue) controlam mais de 50% de todo setor.
 
CM: Muito importante você enfatizar estes temas: mudança de parâmetros da agricultura no país e uma agricultura voltada para a produção de alimentos. Quais os novos parâmetros?

Nossa análise coletiva considera que a organização da produção de alimentos e dos produtos agrícolas tem que estar submetida a outros parâmetros. Os capitalistas, com seu modelo do agronegócio, fundam sua ação baseados apenas no paradigma da produção de mercadorias para o mercado mundial, na busca incessante do lucro máximo, do aumento da produtividade do trabalho e da produtividade física de cada palmo de terra.
 
Nós queremos reorganizá-la baseada em outros parâmetros. Baseados na história da civilização que sempre viu os alimentos como um bem - e não como mercadoria. Visão de que todos os seres humanos têm direito a se alimentar. Na produção agrícola em equilibro com a natureza, e não contra ela. E, sobretudo, organizando a produção para dê trabalho para as pessoas, para que  elas tenham renda e possam viver em boas condições e felizes, no interior, sem cair na ilusão de que somente serão felizes se vierem para a cidade grande. Cidade grande é o inferno em vida para o camponês. Pois sobra para ele apenas a favela e a superexploração.
 
CM: Mas e a bancada ruralista, com trânsito livre nos palácios de Brasília... e o agronegócio - não aceitam esses parâmetros...

Claro, eles são os porta-vozes da classe dominante. Os capitalistas, para manterem seus altos lucros no campo espoliam a natureza e expulsam o povo do interior e se protegem num estado burguês, que é o estado brasileiro. Protegem-se fazendo leis apenas para seus interesses, como fizeram nas mudanças do código florestal etc. Protegem-se com o seu poder judiciário que é o poder ainda monárquico, que inviabiliza as desapropriações para reforma agrária, que impede a legalização das terras indígenas e de quilombolas, que impede inclusive as desapropriações das fazendas com trabalho escravo, como determina a Constituição - mas que eles não cumprem.
 
E tudo isso é respaldado pela mídia televisiva, sobretudo a Globo, a Bandeirantes, SBT, que manipulam todos os dias o nosso povo para lhes dizer que o agronegócio é a única solução. Que o agronegócio é que sustenta o Brasil, quando é justamente o contrário. A mídia é a arma ideológica para proteger o agronegócio e seus lucros.
 
CM: Como se dará a mudança do foco das ações, deslocado para o urbano? Como é esta aliança do MST com as cidades?

O nosso programa de reforma agrária popular implica agora em envolver todo o povo, pois ela não interessa apenas aos sem-terra. E, portanto, temos que explicar ao povo, à classe trabalhadora que a reforma agrária é necessária para ele se alimentar melhor, de forma sadia, sem venenos. Que o programa de agroindústrias vai dar emprego, que universalizar a educação no interior vai gerar milhões de empregos para educadores etc.
 
Esta aliança vai se fazendo através da construção de uma consciência coletiva de todas as classes trabalhadoras. Por um plano de lutas conjunto que envolva a todos na luta por mudanças sociais. E, sobretudo, num programa político de mudanças para o país que unifica todos os setores da classe trabalhadora da cidade e do campo.
 
Tudo isso leva tempo, exige energias, mas é o caminho para construirmos verdadeiras mudanças na cidade e na agricultura. Para isso teremos que travar muitas batalhas, passar por muitos "pedágios" que a classe dominante vai nos impor.
 
CM: E as cidades? A cidade virou um grande negócio que alija os mais pobres cada vez mais para os seus confins. Mas como mudar isto? 
 
Os territórios urbanos, as cidades e suas periferias também estão sendo vitimas desse modelo do grande capital que igualmente quer a renda extraordinária nas cidades, conquistada através da especulação sobre os preços dos prédios, dos terrenos, dos espaços urbanos. A diferença entre o valor real de uma casa, de uma praça, de um prédio, e o preço de mercado, que eles impõem, é que representa a renda da qual eles se apropriam e que toda sociedade acaba pagando.
 
Pior, os trabalhadores acabam sendo expulsos para as periferias de uma maneira permanente, e ali os transportes públicos não chegam. Ou foram privatizados. Ou são caríssimos. Por isso, a bandeira de luta de tarifa zero para os transportes públicos em todas as grandes cidades é mais do que justo e é necessária.
 
A par de tudo isso, como tem defendido nossa querida professora Ermínia Maricato, somente uma grande reforma urbana que devolva ao povo o direito de usar a sua cidade. As cidades foram usurpadas do povo, e agora pertencem apenas aos especuladores, aos bancos e à indústria automobilística.
 
CM: O mais recente governo do PT foi decepcionante?

Os governos Lula e Dilma não foram governos do PT, nem da classe trabalhadora. Foram governos de composição de classe, que gerou um programa de governo do neodesenvolvimentismo, que se propunha a fazer a economia crescer, distribuir renda e retomar o papel do estado suplantando o mercado (dos tempos do neoliberalismo). Nesse sentido eles cumpriram o programa, e nesse programa todas as classes ganharam um pouco, sendo que, como diz o próprio Lula, os banqueiros foram os que mais ganharam.
 
Mas esse programa e essa composição de classes, na opinião dos movimentos sociais, bateram no teto. E agora já não conseguem mais resolver os problemas fundamentais do povo que ainda padece com falta de moradia digna, emprego qualificado, acesso à universidade, e transporte público civilizado. As manifestações do ano passado foram o sinal de que o modelo do neodesenvolvimentismo chegou ao seu limite.
 
E como disse antes, espero que os setores organizados da classe trabalhadora construam um programa unitário de mudanças, e retomem a iniciativa das mobilizações de massa. Isso permitiria termos, no futuro, governos também populares, que possam fazer as mudanças estruturais de que precisamos. Por ora, os movimentos sociais de todo país construíram uma unidade em torno da necessidade de uma reforma política que devolva ao povo a soberania para escolher seus representantes.
 
Já que, no regime atual, as empresas sequestraram as eleições. Veja: segundo o TSE, em torno de 2262 empresas gastaram mais de 4,6 bilhões de reais, nas últimas duas eleições sendo que 80% desses recursos foram de apenas 117 empresas. Ou seja, o novo colégio eleitoral que decide quem deve ser eleito, são essas 117 empresas que usam o dinheiro para elegê-los. Isso precisa mudar, para salvar uma democracia frágil e capenga. Então, a necessidade urgente de uma reforma política. Para tanto, será necessário convocar uma assembléia constituinte soberana (na forma de ser eleita) exclusiva para essas mudanças.
 
CM: Mas a força do MST está intacta - ou não? Vinte mil trabalhadores foram protestar defronte do Planalto, dois meses atrás. Acabaram sendo recebidos pela Presidenta Dilma.
 
O MST é uma pequena parcela do conjunto das forças populares do povo brasileiro. Nós temos procurado nos manter unidos, resistindo à avalanche do capital e mantendo nossos projetos de mudança. Outros setores da classe, influenciados pela pequena burguesia ou pela mídia, foram derrotados em seus projetos. Levamos nossos 15 mil militantes ao VI Congresso, como um espaço de unidade e de celebração de nossa mística da mudança. Por isso, fomos recebidos pela Presidenta, e apresentamos nossas idéias, sem ilusões. As mudanças não vêm de palácios; vêm das ruas e de um povo consciente e organizado; sempre foi assim na historia da humanidade. E nós vamos seguir esse caminho.
 
CM: Esta semana, dia 17 de abril, mais uma vez é lembrada a data dos 18 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, quando 1500 trabalhadores sem terra foram brutalmente agredidos pela Polícia Militar do Pará e 18 deles cruelmente assassinados por agentes daquela PM. Como está a situação do processo de punição dos policiais que participaram da ação criminosa? Como o MST está agindo sobre o assunto? 

Nunca mais poderemos esquecer aquele  17 de abril de 1996, sendo presidente Fernando Henrique, quando a Polácia Militar do Pará, financiada pela empresa Vale, assassinou cruelmente 19 companheiros nossos. Posteriormente, outros dois vieram a falecer e há ainda até hoje 69 feridos, com sequelas graves.
 
O processo judicial se arrasta até os nossos dias. Apenas os dois comandantes foram condenados a mais de 200 anos de prisão. Porém apelaram, e estão em prisão domiciliar num quartel da PM de Belém, em apartamentos com todas as regalias de oficiais. Tradicionalmente, todos os anos repetimos, no mesmo local, um grande acampamento com a nossa juventude do MST da regional amazônica, para que os nossos jovens não se esqueçam, e ajudem a lutar por justiça e por reforma agrária.
 
Em todo Brasil vamos fazer manifestações, cultos ecumênicos, e protestar perante o poder judiciário, que protege descaradamente apenas os interesses dos ricos e fazendeiros do país. Entre as suas reformas estruturais, o Brasil precisa de uma reforma do judiciário que democratize e coloque esse poder sob controle da sociedade. Haja visto como se comporta o imperador Joaquim Barbosa, com suas estripulias, megalomanias e diárias em tempos de férias. Ainda bem que ele comprou um apartamento em Miami, e imagino que seu sonho é ir morar lá...
 
Em todo mundo, nos mais de cem países em que a Via Campesina está organizada haverá manifestações, pois esse dia 17 de abril foi declarado Dia Mundial da luta camponesa. E até aqui no Brasil, envergonhado, no último ano de seu governo, FHC assinou um decreto, declarando o dia 17 de abril, Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Então, nesse dia, é até legal você lutar pela reforma agrária.

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Stedile-o-neodesenvolvimentismo-chegou-ao-seu-limite-/4/30740

Nossa Idade média: Bancada cristã se coloca contra PNE pelo mesmo abrir precedentes à diversidade de gênero.

Para conservadores, ideologia de gênero é marxista e não cabe no Plano de Educação

Atualizada às 23h10
Jornal GGN – Após quase três anos tramitando no Congresso, a última redação do Plano Nacional de Educação (PNE) chegou para análise, na tarde desta terça (22), na comissão especial que discute o tema na Câmara dos Deputados. O grosso do projeto – que, entre outros pontos, direciona 10% do Produto Interno Bruno (PIB) para a educação – teria sido votado em definitivo e pela maioria expressiva dos deputados presentes na Casa, não fosse uma questão polêmica que despertou calorosas discussões: um trecho que defende o combate à discriminação de gênero e de orientação sexual. 
Mesmo com a intervenção de militantes, o discurso conservador de representantes de bancadas religiosas venceu a votação do PNE. Figuras como Jair Bolsonaro (PP), Pastor Eurico (PSB) e Marco Feliciano (PSC), infiltrados nos 45 do segundo tempo no grupo que debate o assunto, defenderam que o Estado brasileiro, apesar de laico, é formado por “maioria cristã” e, diante disso, dissera, não seria possível contemplar um texto que defenda o combate à discriminação e a propagação de políticas de combate à violência contra homossexuais ou mulheres, "pois isso fere os princípios da família cristã".
O relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT), relator do PNE na Câmara, incluia a superação das desigualdades educacionais "com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual". O texto aprovado anteriormente pelo Senado era mais abrangente e não citava “gênero e orientação sexual”, e prevaleceu, fato que agrada os conservadores.
Defendendo o ponto de vista do grupo, Pastor Eurico alegou que as questões de gênero são reflexo de "ideologias marxistas" e, por isso, devem ficar de fora das salas de aula. “Não somos contrários à educação no Brasil e destacamos que não há uma ditadura religiosa nessa comissão. Mas devemos reconhecer que apesar da laicidade do Estado, a maioria da população é cristã. Não vemos por que razão um movimento [em defesa dos direitos das mulheres e do segmento LGBT, majoritariamente] quer introduzir no PNE a ideologia de gênero. A ideologia de gênero é marxista, é a mesma que se espalhou pela Europa e, no futuro, [os que a defendem] vão perceber que estão trabalhando contra si próprios”, sustentou o Pastor.
Bolsonaro, por sua vez, aproveitou a oportunidade para ressaltar que a rejeição desse artigo livra as escolas brasileiras, em definitivo, do que ele classificou como “kit gay”. “Com o não acolhimento desse destaque, ficaria de fora oPlano Nacional de Promoção de Cidadania e Direitos Humanos de LGBT. Esse é o kit gay que Dilma Rousseff disse que tinha recolhido, mas que está saindo do armário”, afirmou, em alusão ao projeto enterrado pelo PT em 2011.
10% do PIB para a educação
O segundo ponto polêmico na votação do PNE é a destinação de 10% do Produto Interno Bruto brasileiro para investimentos em educação. O impasse está entre congressistas que divergem sobre aplicar esse recurso apenas na rede pública ou também investir na privada e em núcleos de caráter filantrópico. 
Deputados do PSol destacaram que votaram a favor do PNE para não emperrar a discussão em torno das metas para a educação para os próximos 10 anos. Porém, ressaltaram que discordam totalmente de direcionar qualquer parcela desses 10% do PIB para a educação privada. 
O texto de Vanhoni diz que o investimento público deve ser feito em educação pública, embora estabeleça que, nos 10% do PIB, sejam incluídos programas como o Universidade para Todos (ProUni), o Ciência sem Fronteiras e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 
A votação segue nesta quarta-feira (23).

Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/para-conservadores-ideologia-de-genero-e-marxista-e-nao-cabe-no-plano-de-educacao

Paulo Henrique Amorim detonando o PIG, FHC e demais defensores dos ideais conservadores.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Geração de empregos no governo Dilma.

Investimentos da Copa: Mobilidade urbana.

Quarta-feira, 16 de abril de 2014 às 12:37

Governo federal investe R$ 143 bilhões em 303 empreendimentos de mobilidade urbana

Os ministros Gilberto Occhi, das Cidades, e Miriam Belchior, do Planejamento, detalharam, nesta quarta-feira (16), na 42ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Pacto pela Mobilidade Urbana, que tem R$ 143 bilhões investidos em 303 empreendimentos, que estão espalhados em 109 cidades.
“Essa carteira que temos hoje, representa quase 3900 km de via pra transporte coletivo urbano. Transporte em trilho, se destacam os VLTs, com 270 km e 250 km de metro. São mais de 2000 km de corredores de ônibus e mais de 1000 km de BRTs”, afirmou Miriam.
O ministro Occhi lembrou que, além dos investimentos em mobilidade urbana, o governo federal fez um esforço de desoneração dos impostos que impactam as tarifas do transporte coletivo.
“Com relação ao pacto para melhoria do transporte coletivo, os 3 eixos são menor tarifa, maior transparência e mais qualidade para população. Do pacto para menor tarifa, o governo federal adotou diversas decisões e ações que possibilitaram manutenção, redução das tarifas do transporte, e destaco a desoneração que impacta na redução de 7,23% da tarifa de ônibus e 13,35% de trens”, disse.
Fonte:http://blog.planalto.gov.br/governo-federal-investe-r-143-bilhoes-em-303-empreendimentos-de-mobilidade-urbana/