Apesar de terem uma das maiores rendas per capita do mundo, os Estados Unidos aprsentam o pior índice de pobreza humana entre os países ricos. O indicador, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e publicado no último relatório anual, apresentado em Dublin, classifica os países em função de seus níveis nacionais de pobreza, analfabetismo, desemprego e expectativa de vida.
Os especialistas do PNUD explicam que essa classificação dá uma idéia melhor da situação nos países industrializados que o tradicional índice de desenvolvimento humano, que mede os países por renda per capita, educação e expectativa de vida.
O resultado do estudo mostra que a Suécia é o país que mais evoluiu, ficando à frente da Noruega, da Finlândia, da Holanda, da Dinamarca, da Alemanha, de Luxemburgo, da França, da Espanha e do Japão. A Itália é a 11ª e logo depois estão Canadá, Bélgica, Austrália, Reino Unido, Irlanda e Estados Unidos, em 17º.
O PNUD explica que a renda per capita do sueco é menor que a do americano, mas, a Suécia tem menos adultos analfabetos funcionais e menos pobres que os EUA. Segundo as estatísticas, 7,5% da população sueca entre 16 e 65 anos é analfabeta funcional, enquanto nos Estados Unidos este número supera os 20%.
Enquanto 6,3% da população da Suécia vive abaixo da linha da pobreza (com US$ 11 diários, que é o ponto de referência para esse grupo de países), nos EUA, essa estatística chega a 13,6%. O Reino Unido também perdeu posições devido a uma alta taxa de analfabetismo funcional, de 21,8%, e de 15,7% das pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.
A Espanha situa-se em um nível intermediário e sua posição é melhor por seu índice de pobreza humana do que por seu índice de desenvolvimento, embora não disponha de estatísticas sobre o analfabetismo funcional, o que levou o PNUD a adotar em seus cálculos a média dos países que tem esses dados.
Este ano, o relatório analisa o grau de avanço ou atraso no cumprimento do conjunto de metas de desenvolvimento adotadas pela ONU em 2000, muitas quais muitas podem ser quantificadas. Entre elas, estão: reduzir à metade a pobreza extrema e a fome, diminuir a mortalidade infantil e materna, oferecer o ensino primário em nível universal, combater pandemias como a Aids e a malária, promover a igualdade entre os sexos e garantir uma gestão ambiental sustentável.
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