terça-feira, 4 de novembro de 2014

Segundo Almeida, Datafolha alterou margem de erro para sustentar empate

DOM, 02/11/2014 - 12:32
ATUALIZADO EM 02/11/2014 - 20:37


Jornal GGN - O IBOPE entrevistou 3.010 eleitores e a pesquisa deu 53% dos votos válidos para Dilma contra 47% de Aécio. A margem de erro era de 2 pontos. Com base nessa margem, o IBOPE anunciou Dilma como praticamente eleita.
No Jornal Nacional, o impacto da pesquisa IBOPE foi amenizado pelo Datafolha. O instituto entrevistou 19.318 eleitores e o resultado apontou 4 pontos de diferença: 52% para Dilma contra 48% para Aécio. O instituto informou que a margem de erro da pesquisa era de 2 pontos. Logo, haveria um “empate técnico no limite superior da margem de erro”. Esse foi o tom da manchete da Folha e da chamada principal do Jornal Nacional.
Em entrevista ao programa Manhattan Connection, o cientista social Alberto Carlos Almeida trouxe uma informação relevante. Analisando a metodologia do Datafolha e a quantidade de entrevistados, a margem de erro era de apenas 0,7 pontos. Logo a pesquisa dava a vitória insofismável de Dilma, muito mais certa que a pesquisa do IBOPE.
A diferença de quatro pontos estava fora da margem de erro. O Datafolha acertou cravado, mas como anunciou margem de erro de 2 pontos, permitiu a ideia do empate técnico.
A entrevista é uma aula de conhecimento sociológico, ajudando a desmontar mitos criados pela análise rasa pela mídia. Inclusive mostrando as vantagens do modelo político, com as classes de menor renda representadas pelo PT, as de maior renda pelo PSDB e o PMDB garantindo a governabilidade de ambos.
Desmonta a ideia de que haveria correlação entre o petismo e o peronismo.
Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/segundo-almeida-datafolha-alterou-margem-de-erro-para-sustentar-empate

Nenhum comentário:

Postar um comentário