sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Lembranças de arrepios e lágrimas

Data - 26.03.2014

Presidente da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo \"Rubens Paiva\", Adriano Diogo lembra como foi arrastado por homens à paisana, algemado sem roupa e torturado a caminho da prisão.

No dia 30 de março de 1964, eu tinha acabado de fazer 15 anos. O rádio anunciava plantões dia e noite. Eu sabia que a situação era péssima. Depois do comício da Central do Brasil, que ouvi na íntegra a fala do presidente João Goulart, a perseguição começou de uma forma impressionante, amedrontando a todos. Eu morava na Mooca, um bairro de italianos e espanhóis operários. Todos os dias, atravessava as fábricas para chegar à escola. Estudava no Colégio Estadual Antônio Firmino de Proença, onde também participava do Grêmio estudantil. O diretor da Escola, o coronel Alfredo Gomes, não me via com bons olhos. E o professor de geografia, coronel Silvio Correia de Andrade, também chefe da Polícia Federal em São Paulo, não me suportava. Desde que participei da organização dos jogos Pan Americanos, em agosto de 1963, comecei a ser perseguido.
No dia do Golpe, na terça-feira 31 de Março, eu estava indo de ônibus para a escola quando o mesmo foi interceptado. Paramos na Avenida Presidente Wilson, a avenida das fábricas, da Arno, das grandes metalúrgicas. Descemos ali e continuei a pé por quase meia hora até o meu colégio, que ficava próximo ao Parque Dom Pedro. O que eu vi foi uma barbaridade, gente sendo presa aos montões. Eram cerca de seis horas da manhã. As pessoas começaram a ser presas na porta de seus trabalhos. Quando cheguei na escola, ela estava fechada. Então me juntei a outros colegas e fomos até o Sindicato dos Metalúrgicos, na Rua do Carmo, para ver como as coisas estavam. O sindicato havia sido tomado, tudo totalmente cercado. Foi aí que entendemos a gravidade do momento. No dia seguinte, já não pude mais entrar na escola. Eu havia sido suspenso por 15 dias e, depois, fui expulso, sem saber como explicar para a minha mãe. Ela não se conformava com a notícia. Para o meu pai era a maior vergonha de sua vida.
Meu pai tinha um pequeno restaurante próximo à Praça da República. No local, era comum a freqüência de diversas pessoas, mas aqui me lembro fortemente do pessoal de direita da Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP). Nas proximidades havia também como polo da direita o conglomerado de jornais de Assis Chateaubriand. Na porta dos Diários dos Associados, havia a campanha “Ouro Para o Bem do Brasil”, na qual faziam uma espécie de pedágio, com as pessoas doando joias, alianças, anéis e brincos para o governo lutar contra o comunismo e pagar a dívida externa. Era esse o clima. Enquanto isso, quando fui transferido de escola, comecei a estudar à noite e trabalhar durante o dia. Mesmo assim, resolvi tirar um tempo e ir saber na outra escola o motivo da minha expulsão. Eu já sabia que dois professores, coronéis da polícia, não gostavam de mim. Minha participação nas atividades esportivas, tudo virou álibi contra mim. Minha ficha já estava suja e eu só tinha 15 anos.
Nas semanas subsequentes ao golpe, as pessoas continuaram sendo presas em casa sem formação de culpa. Eu não sabia como justificar para minha mãe e pai o motivo de eu ter sido expulso da escola e de ser considerado subversivo, já que nem eu sabia direito o significado dessa palavra. Tive que seguir e aprender sozinho o caminho das pedras. Nunca mais parei. Eu era apenas um jovem estudioso que gostava de política e me interessava pela independência do Brasil. Dentro do golpe, sofremos outro golpe, que foi o Ato Institucional nº 5 de 1968. Neste período, eu estava saindo do colegial e entrando na Universidade. Já estava com 19 anos e passei praticamente o tempo todo na Rua Maria Antônia. Eu organizava sessões de teatro e cinema e fazia cursinho pré-vestibular.
Os grupos que se encontravam na Maria Antonia decidiram apoiar a greve que estava sendo preparada em Osasco. Recordo-me que pelo menos mil estudantes foram para a preparação com antecedência de 15 dias. Nas casas, nas estações de trem, nas ruas, de bairro em bairro, fizemos ações distribuindo panfletos para conversar com a população, inclusive com as famílias dos operários. Muitas vezes tivemos que dormir no sindicato, pois passávamos horas conversando com os trabalhadores para entender o que era greve. Quando chegou o grande dia, ajudamos a organizar piquetes nas portas das fábricas. A greve, que ficou conhecida como Greve da Cobrasma, foi deflagrada no dia 16 de julho de 1968. Diversas fábricas aderiram e assumimos o papel de sair pela cidade por uma campanha de solidariedade nas ruas, pois houve enorme repressão aos trabalhadores em greve. Muitos ficaram presos e foram brutalmente torturados no Dops de São Paulo. Em 1969, consegui ingressar no curso de Geologia da USP. Eu não fazia ideia de que lá era o grande núcleo de resistência da dissidência do partido comunista, que depois virou a Ação Libertadora Nacional (ALN). Entre tantos amigos, lá estavam os companheiros Alexandre Vannucchi Leme e Ronaldo Mouth Queiroz. Com eles dividi grandes momentos nas atividades do curso de Geologia e no nosso inevitável envolvimento na luta contra a Ditadura instalada nesse país.
Acho que naquele momento não havia outra escolha. Na USP, assumi o papel de envolver pessoas nas atividades culturais que envolviam conscientização política. Andava pelos diversos centros acadêmicos, inclusive em outras faculdades, e fazia a pontes com nossos grandes grupos de teatro. Ajudei a organizar o Teatro Jornal. Na época, os jornais estavam sob censura e conseguíamos ter acesso ao que não era publicado e difundíamos nas peças teatrais as informações. Muitos companheiros estavam sendo presos e desaparecendo e a ditadura fazia isso, mas impedia que isso fosse sabido. Por isso, mesmo esse trabalho cultural de mobilizar pessoas para acompanhar as atividades era arriscado.
Aos poucos, muitas pessoas, inclusive próximas a mim, precisaram se esconder, vivendo clandestinamente, até que muitas delas foram presas. Minha hora estava chegando e eu sequer percebia isso, tamanho era nosso envolvimento nas atividades. Eu estava preparando a recepção dos calouros junto à organização do movimento estudantil da USP em 1973. Era algo grande, espetacular. Eu cheguei a ir para Diamantina em janeiro para fazer estágio de campo, fiquei o mês todo trabalhando. Voltei para São Paulo e para mim estava tudo tranquilo. Até que estranhos sinais na minha rua indicavam uma vigília na minha casa. Eu tinha acabado de me casar, fiquei com minha mulher pensando que deveríamos fugir, chegamos a fazer as malas, mas na verdade sequer tínhamos para onde ir. Neste dia, 17 de março, um sábado, eu estava tomando banho. Sai às pressas para atender a campainha que tocava insistentemente. Era hora do almoço. Ao abrir, policiais já vieram para cima com violência, fui arrastado por homens que estavam à paisana, enquanto outros saqueavam todo o apartamento, roubando tudo que tínhamos acabado de ganhar no casamento. Pegaram minha esposa, Arlete Lopes, nos jogaram no carro, fui algemado, sem roupa e apanhando já no caminho. Eram muitos homens que estavam nesse dia e, entre eles, estava o torturador Dirceu Gravina. Fomos levados para a Rua Tutóia, nº 921, onde funcionava o DOI-Codi de São Paulo. Quando cheguei ao pátio, o major Carlos Alberto Brilhante Ustra disse para mim: “Acabo de matar aquele filho da puta do ‘Minhoca’, o Alexandre Vannucchi Leme, mandei para a vanguarda popular celestial. Morreu naquela cela, ele estrebuchou.” Tirou um revólver da gaveta a disse: “Tá vendo isso aqui? Isso aqui é um Magnum. Vou te mandar para o mesmo lugar!” Em seguida, o major comandou pessoalmente minha tortura dando ordens aos policiais que estavam ali.
Alexandre Vannucchi havia acabado de morrer na pequena sala a qual eu fui levado. Vi pessoas lavando o local, puxando com um rodo o sangue do meu amigo e a partir dali era eu que estava sofrendo torturas. Enquanto me torturavam com choques ou no pau de arara, me perguntavam sobre os pontos, sobre a ALN, sobre as armas, sobre as ações, sobre um monte de nomes que eu nem conhecia. Me perguntaram sobre o Queiroz incisivamente, por conta da sua importante hierarquia na organização. Estavam atrás dele para matar como fizeram com fizeram com o Alexandre. Foram 90 dias apanhando direto e depois jogado em uma solitária, sem a luz do dia e completamente nu. Dos nomes que perguntaram conhecia apenas o Queiroz e o Alexandre. Não sabia sobre armas e qualquer outra coisa, pois meu trabalho era no movimento estudantil. Recordo do ódio que Ustra ficou pela realização da missa de 7º dia do Alexandre. O major tirou todos nós das celas berrando contra Dom Paulo Evaristo Arns. “Aquela bicha louca”, gritava. Apanhamos ferozmente. Depois ainda fui levado para o Dops e vi o Edgar Aquino Duarte, desaparecido até hoje.
Mais de 40 anos depois, essas lembranças ainda causam arrepios e lágrimas silenciosas. Já vamos completar 50 anos do golpe e sigo lutando junto com outros companheiros na Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” para que as gerações conheçam esse passado. Somente entendendo o que aconteceu poderemos promover a democracia com que sonhamos e queremos consolidar.
*Adriano Diogo é ex-preso político, foi militante da Ação Libertadora Nacional (ALN). Saiu da prisão em 1975 dedicando-se à carreira política, primeiro como vereador e atualmente como deputado estadual (PT) e presidente da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” na Alesp. Seu texto faz parte de uma série de artigos que o site de CartaCapital publica sobre os 50 anos do golpe-civil militar de 1964

Fonte: http://www.adrianodiogo.com.br/noticias/internas/id/2412

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Foto: Marina faz lero lero com independência do Banco Central.

Marina em sua página oficial disse que a independência do Banco Central é para "tirar dos corruptos'' o Banco Central, pois podiam se beneficiar do sistema financeiro, o que ela não diz é:

- Com a independência do Banco Central, banqueiros tomarão controle do banco central, os mesmos banqueiros que lucram com especulação, sonegam impostos como o ITAÚ que apoia Marina e tem a herdeira do Itaú na sua campanha, com isso aumentarão os lucros dos bancos privados, diminuirão a importância dos bancos públicos até serem sucateados e vendidos, demissões, arrocho de salários, juros exorbitantes, menos crédito,desemprego.

http://www.bancariosrio.org.br/2013/itau/item/23927-itau-sonegou-r-18-7bilhoes-de-impostos-mas-ninguem-e-preso

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/152710/O-Banco-Central-independente-e-os-20-centavos.htm

http://www.cartacapital.com.br/economia/voce-sabe-o-que-e-autonomia-do-banco-central-157.html

Foi por retrocesso que lutaram em junho de 2013?, por Gilson Caroni Filho

DOM, 31/08/2014 - 14:00
ATUALIZADO EM 31/08/2014 - 14:05



Acabo de ler o programa econômico de Marina da Silva que, como todos sabem, foi escolhida pela "providência divina". Alguns pontos devem ser esclarecidos para os eleitores mais jovens.
1) Marina pretende dar autonomia para o BC. O que significa isso? Entregar o banco para o mercado financeiro. Não por acaso conta com o apoio de banqueiros em sua campanha.
2) No documento consta que políticas fiscais e monetárias serão instrumentos de controle de inflação de curto prazo. Como podemos ler este ponto? Arrocho salarial e aumento nas taxas de desemprego.
3) O programa ainda menciona a diminuição de normas para o setor produtivo. Os mais açodados podem pensar em menos carga tributária e burocracia para as empresas. Não, trata-se de reduzir encargos trabalhistas com a supressão de direitos que facilitem as demissões. Há muito que a burguesia patrimonialista pede o fim da multa rescisória de 40% a ser paga a todo trabalhador demitido sem justa causa. O capital agradece.
4) Redução das prioridades de investimento da Petrobrás no pré-sal. O que significa? Abrir mão de uma decisão estratégica de obter investimentos para aplicar na Saúde e na Educação. Isso, meus amigos mais jovens, é música para hospitais privados, planos de saúde e conglomerados estrangeiros que atuam na educação. O que o grupo Galileo fez com a Gama Filho e Univercidade , aqui no Rio, é fichinha perto do que está por vir. Era com uma coisa desse tipo que vocês sonhavam quando foram às ruas em junho do ano passado?
5) Em vez do fortalecimento do Mercosul, o programa da candidata, que " quer fazer a nova política," prega o fortalecimento das relações bilaterais com os Estados Unidos e União Européia.Vamos retroceder vinte anos e assistir a um aumento da desnacionalização da economia latino-americana. É isso que vocês querem?
6)Meus amiguinhos, não sei se foi a providência divina quem derrubou o avião em que viajava Eduardo Campos. Mas o que a vice dele, uma candidata que está à direita de Aécio Neves, lhes oferece é o pão que o diabo amassou. Gosto da vida, gosto da juventude,mas, agora, cabe a vocês escolher o que desejam enfiar goela adentro. Não há mais ninguém inocente. Um bom fim de semana a todos.

Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/foi-por-retrocesso-que-lutaram-em-junho-de-2013-por-gilson-caroni-filho

domingo, 14 de setembro de 2014

ESTADÃO PRATICAMENTE DECLARA APOIO A AÉCIO

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Jornal comandado por Francisco de Mesquita Neto diz que “no momento em que o PT apela para o que sabe fazer de melhor – atacar e iludir – e Marina recorre ao bom-mocismo e à manipulação de obviedades para seduzir o eleitorado ávido por mudanças, o candidato do PSDB, Aécio Neves, introduziu um sopro de racionalidade no debate eleitoral”; segundo a publicação, “além do comprometimento histórico dos tucanos com a estabilidade e o desenvolvimento econômico do país, Aécio pode contar com a credibilidade de quadros técnicos comprovadamente competentes”

14 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 07:18

247 – A poucas semanas do primeiro turno das eleições, o “Estado de S. Paulo” praticamente declara em seu editorial deste domingo apoio em Aécio Neves.
O presidenciável tucano aparece isolado nas pesquisas de intenções de voto, atrás da presidente Dilma Rousseff e de Marina Silva, do PSB. Mas para a publicação comandada por Francisco de Mesquita Neto, o tucano é a razão contra a “baixaria e a apelação”.
“No momento em que o PT apela para o que sabe fazer de melhor – atacar e iludir – e Marina recorre ao bom-mocismo e à manipulação de obviedades para seduzir o eleitorado ávido por mudanças, o candidato do PSDB introduziu um sopro de racionalidade no debate eleitoral”, afirma.
Diz ainda que, “além do comprometimento histórico dos tucanos com a estabilidade e o desenvolvimento econômico do país, Aécio pode contar com a credibilidade de quadros técnicos comprovadamente competentes”.

Fonte: http://www.brasil247.com/+n9tju

Sepultura - Live in São Saulo

Em qual face acreditar, Marina?

Nova estratégia da mídia: vitimizar Marina

13 de setembro de 2014 | 08:52 Autor: Miguel do Rosário

marina_coitada

Veja, Folha, Globo, os grandalhões da mídia, aparentemente resignados que o seu candidato dos sonhos, Aécio Neves, não tem chances de ir ao segundo turno (e mesmo se fosse, perderia fácil), iniciaram uma nova estratégia.
Pintar Marina Silva como uma coitadinha.
Uma vítima.
E o PT – e os blogueiros, claro, esses lobos malvados – como um vilão do mal que tenta “destruir” sua imagem.
A ideia partiu da própria Marina.
Ela não deu um pio contra as ameaças do Pastor Malafaia.
Horas depois do pastor, hoje o principal símbolo da homofobia no país, agredir-lhe violentamente no twitter, Marina Silva veio à público dizer que o capítulo de seu programa que trazia referências à política LGBT tinha sido um “erro processual de editoração”.
Erro processual de editoração…
Em seguida, o coordenador do setor LGBT de sua campanha pediu as contas e saiu.
O Pastor Malafaia, então, aderiu entusiasticamente à sua campanha, tecendo elogios à Marina e gabando-se de sua vitória.
Desde então, Malafaia, sentindo-se fortalecido, intensificou seus impropérios contra o que chama de “ativismo gay” e contra Dilma e o PT.
Nem Dilma, nem o PT, nem os ativistas LGBT, porém, vieram à público “chorar” e lamentar estarem sendo perseguidos por Malafaia.
Para Marina, contudo, o vilão é o PT, o partido no qual militou por mais de 20 anos, e que foi responsável por tudo que ela conquistou na vida.
Marina elegeu-se como a senadora mais jovem do país, em 1994, com recursos financeiros, partidários e humanos do PT. Lula a nomeou ministra de Estado em 2003, por ser então um importante quadro petista.
Seu guru, Chico Mendes, foi fundador do PT no Acre e candidato a deputado estadual pelo partido.
E agora, aí está Marina. Posando de coitadinha injustiçada na Folha, no Globo e na Veja.
E tudo porque, tadinha, 83% dos recursos (R$ 1 milhão) que abasteceram o Instituto Marina vieram de Neca Setúbal, herdeira do Itaú, que hoje é coordenadora de seu programa de governo.
Só porque, pobrezinha, vive num apartamento pertencente a um dono de postos de gasolina e de fazendas no Mato Grosso e Pará.
Só porque, ó vida, andou “algumas poucas vezes” (para lembrar a expressão usada por Aécio quando confessou ter usado, ilegalmente, o aeroporto de Claudio) no jatinho sem dono do PSB.
Quanta injustiça! Quanta difamação!
A nova injustiçada da sociedade vem recebendo manifestações comovidas de solidariedade de Reinaldo Azevedo, Demétrio, Merval Pereira, Roberto Freire, Marcos Feliciano e… Silas Malafaia.
Só os melhores.
Fonte: http://tijolaco.com.br/blog/?p=21174

VEJA adere ao coitadismo de Marina Silva: candidata do Itaú, de Malafaia e do Clube dos militares.

Therion - Live Wacken Open Air 2007 Full Concert

SINDICÂNCIA CONCLUI QUE NÃO HOUVE FRAUDE DA CPI

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Comissão de sindicância instalada no Senado para apurar manipulação de depoimentos prestados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, conforme afirmou a revista Veja, concluiu que "não houve qualquer indício de vazamento de informações privilegiadas, de documentos internos" e decidiu arquivar o processo

12 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 14:27

Karine Melo - Repórter da Agência Brasil
A comissão de sindicância instalada no Senado para apurar denúncia publicada pela revista Veja de manipulação dos depoimentos prestados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras concluiu que "não houve qualquer indício de vazamento de informações privilegiadas, de documentos internos" e decidiu arquivar o processo.
Segundo a revista, a presidenta da estatal, Graça Foster; o ex-presidente José Sergio Gabrielli e o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró "tiveram acesso antecipado" e foram treinados para responder perguntas dos senadores que investigam a existência de irregularidades na Petrobras.
A nota da Assessoria de Imprensa da Casa informa ainda que a comissão de sindicância funcionou por 37 dias, tomou 14 depoimentos, investigou as caixas-postais de correio eletrônico dos envolvidos, verificou o controle de acesso aos arquivos eletrônicos confidenciais, examinou os documentos consultados nas reuniões da CPI e analisou os vídeos dos depoimentos, por diferentes câmeras, bem como o vídeo que originalmente fundamentou a denúncia.
Entre as pessoas ouvidas pela sindicância está Paulo Argenta, assessor especial do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, além de três funcionários da Petrobras: o chefe do escritório em Brasília, José Eduardo Barrocas; o advogado Bruno Ferreira e o chefe do Departamento Jurídico do escritório em Brasília, Leonan Calderaro Filho. Eles aparecem em um vídeo, mostrado por Veja, conversando sobre as perguntas que seriam formuladas.
A solicitação de abertura de sindicância foi feita pelo presidente da CPI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). À época – no ofício encaminhado ao presidente da Casa, senador Renan Calheiros, e o ao diretor-geral, Luiz Fernando Bandeira de Mello –, ele pediu a "instauração de sindicância com a finalidade de apurar a ocorrência de irregularidade administrativa".
O senador também pediu investigação pela Polícia Federal. Três servidores de carreira do Senado foram designados, pela Diretoria-Geral da Casa, para fazer parte da comissão de sindicância: o consultor legislativo especialista em direito penal Tiago Ivo Odon, o analista da Secretaria-Geral da Mesa e especialista em direito eleitoral Marcelo Inácio de Aranha Menezes e o analista da primeira-secretaria, especialista em direito legislativo e processual, José Mendonça de Araújo Filho.
Fonte: http://www.brasil247.com/+93kvf

Six Feet Under @ Live With Full Force (Full Concert)

Haddad garante que moradores de favela incendiada terão suas casas no mesmo local

Prefeito de São Paulo prometeu construir 500 apartamentos, em dois anos, para reassentar famílias da comunidade do Piolho. Nesse tempo, eles poderão optar por auxílio-aluguel ou permanência no terreno

por Rodrigo Gomes, da RBA publicado 12/09/2014 14:00

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), assumiu na manhã de hoje (12) o compromisso de que as famílias da favela do Piolho, no Campo Belo, zona sul da cidade, vão permanecer no local e de que serão ali construídos 500 apartamentos para acomodá-las. Ele determinou que o secretário municipal da Habitação, José Floriano Marques, instale hoje mesmo um escritório com funcionários da pasta e da Assistência Social para atender aos moradores. Um incêndio no domingo (7) deixou ao menos 640 famílias desabrigadas – algumas só com a roupa do corpo.
O prefeito afirmou que a construção das moradias vai levar cerda de dois anos. O dinheiro, segundo Haddad, está garantido e virá da Operação Urbana Água Espraiada que, embora não pretendesse desapropriar a área da favela do Piolho inicialmente, já tinha seus moradores contados nas ações de realocação. A área a ser desapropriada tem cerca de 7 mil metros quadrados e começou a ser ocupada nos anos 1970. A prefeitura já tem reservados R$ 300 milhões para realizar a medida.
“A lei (da Operação Urbana) garante o direito de vocês permanecerem aqui. Vamos desapropriar o terreno e construir as moradias aqui mesmo. Sem expulsar ninguém como se fez no passado”, afirmou Haddad.
Questionado se isso não infringiria a ordem do cadastro municipal para moradias, Haddad explicou que as ações habitacionais da Operação Urbana não se relacionam com o cadastro municipal, pois estão regidas por legislação própria.
O valor da obra ainda não está definido. Floriano espera que em 90 dias o projeto e as licenças para início dos trabalhos sejam concluídos. O secretário lembrou que embora as famílias prioritárias sejam as afetadas pelo incêndio, toda a comunidade do Piolho vai receber moradias próprias no andamento da Operação Urbana.
Haddad conversou por cerca de uma hora com os moradores e definiu com eles o atendimento que será prestado pela prefeitura. O escritório receberá os moradores para fazer o cadastramento e eles poderão optar por permanecer na área ou sair dela e receber auxílio-aluguel no valor de R$ 400, “até que as chaves sejam entregues”, frisou o prefeito. O primeiro depósito do auxílio, com adiantamento de três meses (R$ 1.200) deve ser liberado em dez dias.
MAURICIO CAMARGO/ELEVEN/FOLHAPRESS
Piolho
Incêndio destruiu ao menos 600 barracos. O fogo se alastrou rápido e as famílias não conseguiram retirar seus pertences
Quem optar pela permanência vai ser acompanhado por engenheiros da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), que vão dividir o terreno em quatro partes e determinar onde as pessoas podem reocupar, sem afetar o andamento da obra ou implicar riscos à segurança. Nessa caso, as famílias vão construir as moradias por conta própria. A construção dos apartamentos será feita em outra parte do terreno e, quando concluída, vai receber os moradores ocupantes, para que o empreendimento possa ser realizado na parte restante.
Haddad se comprometeu a manter diálogo permanente com a população e disse que ela poderá monitorar o processo passo a passo. “Vamos voltar aqui quantas vezes forem necessárias. Faço questão que vocês acompanhem.”
Estão em processo de desapropriação outros 200 terrenos na região abrangida pela Operação Urbana. O objetivo é construir oito mil moradias para abrigar as famílias removidas das favelas do complexo Alba e outras ao longo da avenida Jornalista Roberto Marinho. Mas caso não seja possível a permanência de todos os moradores que desejem ficar no terreno da favela do Piolho, a administração municipal vai avaliar a possibilidade de encaminhá-las a uma dessas áreas.
Já no caso do auxílio-aluguel, as famílias poderão fazer contratos informais com familiares ou amigos, pois o prefeito admitiu que o valor é baixo para alugar uma casa na região. No Campo Belo, o preço do metro quadrado construído chega a R$ 11 mil e o aluguel de um cômodo não sai por menos que R$ 500. “Vamos discutir esse valor no Conselho Gestor da Operação Urbana Água Espraiada, pois existe uma proposta de o valor ser aumentado para R$ 600”, ponderou Haddad.
O auxílio-aluguel divide opiniões, pois muitas pessoas temem a irregularidade do pagamento, problema bastante comum. No entanto, algumas famílias estão dispostas a receber, como a de Fábio Teixeira, que vive com a esposa Fabiana e as filhas Giovana e Gabriela. “Só não queremos ir parar no fim do mundo. Nossa vida está organizada aqui. Eu já vim do Eldorado (bairro no extremo sul da cidade) para cá porque não tinha condições de ir de lá para a Avenida Paulista trabalhar”, explicou.
Mesmo assim, os moradores se sentiram contemplados pela proposta. “Eu moro aqui desde que nasci e não quero deixar este lugar. A gente já ouviu muita coisa e nada se cumpriu. Temos fé que vai acontecer e esperamos que o prefeito não nos decepcione”, disse Natália Santos, de 19 anos, grávida do primeiro filho.
O prefeito também se comprometeu a solicitar ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que um posto de atendimento móvel do Poupatempo fique disponível no local para que as famílias façam as segundas vias dos documentos perdidos no incêndio.
Na saída, Haddad foi convidado a conhecer uma das cozinhas comunitárias construídas pelos moradores para concentrar as doações de alimentos e garantir que todos façam as refeições. Tomou café e comeu pão com margarina, acompanhado do secretário Floriano e do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que também foi ver a situação da comunidade.

Desde o incêndio, os moradores estão vivendo em barracas improvisadas nas calçadas do entorno. Eles vêm acumulando doações de roupas, mantimentos e materiais – madeira, lonas, pregos – para reconstruir as moradias. Muitos não têm conseguido ir trabalhar e as crianças não estão indo para a escola.
Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/09/haddad-garante-que-moradores-de-favela-incendiada-no-campo-belo-vao-permanecer-no-local-6547.html

MEGADETH live SWU 2011 - 14-nov - Full Concert - completo.avi

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Antônio de Souza: Delação seria para reverter tiro no pé de inflar Marina?

dilma e aéciomarina-silva-fala-ao-jornal-nacional

por Antônio de Souza, especial para o Viomundo
Tudo indica que a delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, é uma operação casada que envolve setores da Polícia Federal, que vazaram as informações, os tucanos e a velha mídia.
Para entender o está acontecendo neste momento é preciso voltar um pouco no tempo.
Com o intuito de detonar a reeleição de Dilma Rousseff, a candidata do PT à Presidência da República, a mídia insuflou exaustivamente a candidatura de Marina Silva, do PSB.
Só que o movimento midiático pró-Marina acabou sendo um tiro no pé da própria mídia. É que fragilizou demais o seu candidato preferencial, Aécio Neves, e o próprio PSDB. Está trazendo danos sérios às campanhas tucanas não apenas em Minas Gerais — lá Aécio está em terceiro lugar – mas também no Brasil. As bancadas do PSDB nas assembleias estaduais e na Câmara dos Deputados correm o risco de minguar muito, transformando a sigla num partido nanico.
Associa-se a isso o fato de Marina apresentar baixa possibilidade de sustentabilidade política e se negar a fazer acordos políticos.
O movimento da mídia está transparente no discurso de Aécio, que fala em PT 1 e PT 2, que seria a candidatura Marina.
A denúncia da Operação Lava Jato atinge o governo, fato, aliás, já sabido. Mas a novidade é que o pai da “nova política” aparece citado: Eduardo Campos.
As relações de Campos com Paulo Roberto Costa são antigas.
Isso é importante porque ajuda a jogar luz na história do avião de Campos.
Reportagem da Folha de S. Paulo dessa sexta-feira mostra que empresas que pagaram o avião do falecido governador de Pernambuco tiveram relação com o esquema do doleiro Alberto Youssef.
Diante dessas revelações, fica no ar que Aécio já sabe que poderá surgir o pedido de cassação da candidatura de Marina a qualquer momento antes das eleições.
Além disso, soma-se a preocupação do governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à  reeleição, de evitar um segundo turno, especialmente devido ao crescimento natural das candidaturas de  Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB).
Alckmin e a grande imprensa perceberam que o discurso do “vamos mudar tudo” pode ter impacto nas campanhas estaduais e fazer com que o PSDB paulista e o mineiro também sejam varridos nesse movimento.
Esse conjunto de fatores ajuda a compreender por que o tradicional denuncismo da mídia há 15 dias, uma semana antes da eleição, foi antecipado.  Até porque sem fato novo a candidatura de Aécio definhava a olhos vistos. Havia o recado  de que se esse cenário não mudasse 15 dias antes da eleição a candidatura tucana poderia virar pó.
Pior ainda para a direita que com a força de Dilma e do PT ainda preservada, conseguindo eleger bancadas de peso, associada ao possível enfraquecimento tucano, levaria Marina a negociar com o PT para ter governabilidade
Aparentemente, a mídia, ao constatar o tiro que desferir no seu próprio pé, começa a tentar fazer o caminho de volta.
Dessa maneira, o alvo agora também é Marina. Teremos um final de campanha arrepiante.
PS: Curiosamente, a mídia não publicou até o momento a relação completa dos parlamentares delatados talvez para preservar alguns aliados seus.
Lembro aqui as relações entre Luiz Argolo, do partido Solidariedade, que aparecia em negociações com o ex-delegado e deputado federal Fernando Francischini, também do Solidariedade (ex-PSDB). Franchiscini, além de ser um dos canais de vazamento da Operação Lava Jato da Polícia Federal, é citado nela. Argolo, por sua vez, é acusado de ser sócio do doleiro Alberto Yousseff. Ou seja, Francischini, o acusador-mor, pode estar envolvido em todo este esquema.

Fonte: http://www.viomundo.com.br/denuncias/antonio-de-souza-delacao-premiada-seria-para-detonar-dilma-e-marina-e-beneficiar-aecio-e-psdb-evitando-que-vire-um-partido-nanico.html

Caso de pedofilia abala alto escalão do Vaticano

Caso de pedofilia abala alto escalão do Vaticano - 1 (© Meridith Kohut/The New York Times)

Francis Aquino Aneury, 17, esquerda, engraxa sapatos no calçadão da orla de Santo Domingo, na República Dominicana. O arcebispo Jozef Wesolowski, embaixador do Vaticano no país, era conhecido dos engraxates que trabalham no calçadão.
Os meninos contam que ele chegava de calças pretas de moletom e um boné enfiado na careca no fim da tarde para buscar um deles e levá-los para a praia rochosa ou para um monumento deserto, onde fazia as vezes de um verdadeiro herói católico. Mas os meninos afirmam que ele oferecia dinheiro para que eles desempenhassem atividades sexuais

Fonte: http://nytsyn.br.msn.com/fotos/caso-de-pedofilia-abala-alto-escal%C3%A3o-do-vaticano#image=1

Marina: o nada com nada!



por Paulo Jonas de Lima Piva

Uma pessoa com um discurso absoluto vazio e sem nexo como o de Marina Silva, como podemos constatar no vídeo abaixo e em muitas de suas declarações, não pode ser presidente da república. Seria de uma irresponsabilidade de lesa-pátria de todos nós, eleitores e cidadãos. Maria Silva é uma farsa, um projeto de ambição pessoal atrelado aos interesses do capital mais predatório.



Segue reprodução do discurso acima, nada com nada, de Marina Silva:

"Tenha que se dar uma resposta, de qualquer forma, em qualquer lugar, utilizando os mesmos meios. Eu espero que seja uma mudança em termos da política internacional, das relações internacionais, e acima de tudo, que a economia ceda um pouco espaço para a filosofia e que a filosofia ceda um pouco espaço para as reflexões espirituais, porque nós estamos perdendo o rumo, nós estamos nos tornando cada vez mais o homo belicus e deixamos de ser o homo sapiens"

domingo, 7 de setembro de 2014

CLUBE MILITAR FECHA COM MARINA: "FIO DE ESPERANÇA"

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Agremiação de generais da reserva lança manifesto de apoio à candidata do PSB; "Esperança de algo novo e diferente"; com sede no Rio de Janeiro, Clube Militar é uma das entidades mais conservadoras do País; boa parte dos sócios estava na ativa durante o regime militar (1964-1984); posicionamento é contrário a qualquer revisão na Lei da Anistia, que Marina Silva disse apoiar, mas depois recuou, e à Comissão Nacional da Verdade, de apuração dos crimes de tortura e morte acontecidos no período; presidenciável "navega em mar calmo e vento muito favorável, enquanto o tempo, cada vez mais curto, corre a seu favor", diz autor do texto, o ex-general Clovis Puper Bandeira; arco de apoio à ex-ministra ganha peso à direita; leia o manifesto

5 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 10:41

247 – Depois de receber o apoio oficial do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), conhecido e duramente criticado por entidades que lutam pelos direitos humanos, por suas posições radicais e polêmicas contra os homossexuais, Marina Silva recebe o voto de um setor ainda mais conservador: o Clube Militar do Rio de Janeiro.
Em manifesto divulgado na última quarta-feira, o clube mais conservador do Exército trata a candidata do PSB como "um fio de esperança" para derrotar o PT. "Esperança de algo novo e diferente, que rompa com a tradição negativa representada pelos atuais homens públicos", diz trecho do texto.
Autor do documento, o general da reserva Clóvis Purper Bandeira diz que os militares veem Marina como a grande aposta para tirar os petistas do poder. Entre as reivindicações dos militares está a preservação da Lei da Anistia, para que se evite que os agentes da ditadura militar sejam punidos enquanto ex-militantes da esquerda armada contra o regime permaneçam impunes.
Embora defina Marina como a esperança, o manifesto também aponta "uma nova política misteriosa" comandada pela "figura messiânica" da eventual presidente da República. A candidata, segundo o Clube Militar, faz "declarações vagas" e "propostas esquerdistas e ambientalistas", com "cheiro de bolivarianismo", em referência à maior participação popular, como por meio de plebiscitos. Depois, acrescenta que "ser uma incógnita camaleônica é uma vantagem".
Leia abaixo ou no site do Clube Militar a íntegra do texto:
UM FIO DE ESPERANÇA
As surpresas que o destino nos reserva são assustadoras. Tudo corre num determinado sentido quando, de repente, um acontecimento totalmente inesperado muda nossa história, nossa vida.
O terrível acidente aéreo que, no meio de agosto (sempre agosto) ceifou a vida do Senador Eduardo Campos, candidato à Presidência da República, bem como as da tripulação e de assessores que o acompanhavam, mudou em duas semanas todo o panorama e as previsões para as eleições de outubro, em nível federal e estadual.
Subitamente elevada à condição de presidenciável, a até então candidata a Vice Presidente, Marina da Silva, foi talvez a pessoa diretamente mais atingida pelas consequências da tragédia.
Relembremos.
Tendo obtido 20 milhões de votos nas últimas eleições presidenciais, em 2010, Marina despontou como um fenômeno eleitoral, séria pretendente ao cargo nas próximas eleições.
Para conseguir ser apontada como candidata, procurou fundar um partido próprio, a Rede de Sustentabilidade, ou simplesmente Rede. No entanto, a burocracia – e os problemas reais ou criados pelos cartórios para o reconhecimento de centenas de milhares de firmas necessárias para a criação de um partido – terminaram por impedir que o mesmo viesse à luz no prazo legal para permitir o registro de seus candidatos.
Assim, sem uma sigla que a apresentasse, Marina teve que se contentar em aderir ao PSB, que já apontara Eduardo Campos como candidato a Presidente da República. Ela teve, então, que limitar-se à Vice Presidência.
A morte do cabeça da chapa do PSB a menos de dois meses das eleições determinou sua substituição por Marina, que imediatamente decolou nas pesquisas de intenção de votos.
Atualmente, já empata com Dilma Roussef no primeiro turno e vence folgadamente por dez pontos percentuais no segundo turno.
Na verdade, a nova candidata incorporou o desejo vago de mudanças que levou o povo às ruas em junho do ano passado. Que tipo de mudança, isso já é outro problema.
Não tendo ainda sido atacada pelos demais candidatos – pois sua candidatura não foi, inicialmente, percebida como grande ameaça – navega em mar calmo e vento muito favorável, enquanto o tempo, cada vez mais curto, corre a seu favor.
Sua figura messiânica, suas declarações vagas, suas promessas iniciais muito generosas, mas fora do alcance do cofre nacional, acenam com uma "nova política" misteriosa, mistura de propostas esquerdistas e ambientalistas, entre as quais maior participação direta, governar com pessoas e não com partidos, participação direta popular no governo, por meio de plebiscitos e consultas populares (cheiro de bolivarianismo), criação de conselhos do povo (cheiro dos sovietes petistas), orçamento participativo etc.
Cálculos preliminares orçam suas promessas – entre as quais 10% do orçamento para a saúde, outros 10% para a educação, aumento da bolsa esmola, do efetivo da Polícia Federal – em quase 100 bilhões de reais por ano, cuja origem não é esclarecida.
Seu calcanhar de Aquiles é o fraco apoio político, pois na verdade não tem o apoio firme de nenhum partido. Seus apoiadores são aqueles interessados em pegar carona em sua súbita popularidade, sem nenhum compromisso com a realidade política durante seu possível governo.
Mas uma excelente candidata não será, necessariamente, uma excelente Presidente.
No governo, terá que descer das nuvens "sonháticas" onde flutua e lutar na arena do dia a dia da Praça dos Três Poderes, enfrentando as feras insaciáveis que fazem as leis, sempre cobrando algum preço político por seu apoio.
Na verdade, os políticos temem o populismo de suas propostas e os desvios que promete adotar, para evitar o isolamento de seu governo pelos partidos, percebendo uma ameaça de autoritarismo na ideia de governar sem os mesmos. Será real isso ou será apenas uma ameaça para angariar apoios mais fortes dos partidos, que seriam enfraquecidos com um governo mais populista?
Dona de um discurso inatacável, é a favor de tudo que é bom e contra tudo que é ruim. Como, aliás, todos os candidatos.
Ser uma incógnita camaleônica é uma vantagem, pois o que é conhecido da política e dos políticos é rejeitado pelos eleitores.
A esperança de algo novo e diferente, que rompa com a tradição negativa representada pelos atuais homens públicos, parece impulsionar a subida de Marina nas pesquisas eleitorais.
A desilusão popular procura o novo. As mudanças podem ser para melhor ou para pior, desde que interrompam a malfadada corruptocracia instalada no poder pelo lulopetismo.
Como está não pode continuar. Há expectativa de que novos rumos e novos governantes tragam melhores dias e maior esperança para os eleitores desiludidos.
É um fio de esperança, mas parece que as pessoas a ele se agarram com fé, apostando no futuro para esquecer o presente.
Gen Clovis Purper Bandeira – Editor de Opinião do Clube Militar
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/152500/Clube-Militar-fecha-com-Marina-fio-de-esperan%C3%A7a.htm