Na solidariedade aos presos, a cobrança das provas dos crimes de que petistas são acusados
Como parte do 5º Congresso Nacional do PT, aberto na noite de 5ª feira, em Brasília, e que se encerra nesse fim de semana, participantes do encontro promoveram mesa em desagravo e solidariedade ao ex-ministro José Dirceu, ao ex-deputado José Genoino, ao ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares e outros petistas presos.
Participante do ato, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), também arrolado no processo da Ação Penal 470 e que aguarda julgamento de recursos que interpôs, cobrou do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, que prove o crime de peculato do qual (Cunha) é acusado e criticou a forma como foi conduzido o julgamento.
“Eu já li que foi o maior escândalo político. Maior escândalo de quê? Eu já li que foi o maior escândalo político. Foi maior que a ditadura militar? Foi maior que o Estado Novo? Foi maior que a escravidão?”, questionou João Paulo Cunha. “O que eu tenho pedido é o seguinte: diga, ministro Joaquim Barbosa, o que foi que eu desviei. Ele não diz. Sabe por que ele não diz? Porque não tem (desvio)”, afirmou.
O deputado também criticou o exagero com que oposição e mídia tratam o processo, e comparou o tratamento dado a esse caso do PT, e ao escândalo do cartel nos transportes públicos paulistas organizado em conluio com governos tucanos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
No ato, além de João Paulo Cunha, também discursaram em protesto às condenações, o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), irmão ex-deputado José Genoino; o vereador de Goiânia, Carlos Soares (PT), irmão do ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares; Joana Saragoça, filha de José Dirceu; o deputado Paulo Ferreira (PT) e o jornalista Raimundo Pereira.
O líder José Guimarães ressaltou a importância da militância petista em apoiar os condenados e garantiu em referência às prisões: “o PT nunca vai se calar diante dessas injustiças”. O deputado informou que seu irmão, Genoino, está “tranquilo” e “segurando”. “Ele está firme, porque já suportou o que ele suportou em décadas passadas. Para que ele consiga suportar tudo isso, a militância do PT é fundamental”, concluiu Guimarães.
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