domingo, 29 de dezembro de 2013
sábado, 28 de dezembro de 2013
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Papa Francisco pede a união entre ateus e crentes.
Papa Francisco faz apelo pela união de crentes e ateus
A aproximação do Papa Francisco aos ateus e pessoas de outras religiões marca um contraste com a atitude do Papa Bento XVI
Getty Images
Cidade do Vaticano - Comemorando seu primeiro Natal como líder da Igreja Católica, o Papa Francisco pediu nesta quarta-feira pela união de ateus e crentes de todas as religiões como forma de espalhar a paz ao redor do mundo.
Falando para cerca de 70 mil pessoas a partir da varanda da Basílica de
São Pedro, o mesmo local de onde emergiu para o mundo quando foi eleito
papa, Francisco novamente apelou para a salvação do meio ambiente da
"ganância humana e da rapacidade".
O papa disse que pessoas de outras religiões também rezam pela paz, e pediu pela união de crentes e ateus.
"Eu convido até os descrentes para desejar a paz. (Junte-se a nós) com seu desejo, um desejo que alarga o coração. Vamos todos nos unir, seja com preces ou desejo, mas todos pela paz", afirmou Francisco, sendo ovacionado pela plateia.
A aproximação do Papa Francisco aos ateus e pessoas de outras religiões marca um contraste com a atitude do Papa Bento XVI, do papado anterior, que às vezes relegava não católicos a crentes de segunda classe.
Francisco pediu também pela "harmonia social do Sudão do Sul, onde as recentes tensões causaram inúmeras vítimas e são uma ameaça para a coexistência pacífica naquele jovem país".
Fonte: http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/papa-francisco-faz-apelo-pela-uniao-de-crentes-e-ateus
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O papa disse que pessoas de outras religiões também rezam pela paz, e pediu pela união de crentes e ateus.
"Eu convido até os descrentes para desejar a paz. (Junte-se a nós) com seu desejo, um desejo que alarga o coração. Vamos todos nos unir, seja com preces ou desejo, mas todos pela paz", afirmou Francisco, sendo ovacionado pela plateia.
A aproximação do Papa Francisco aos ateus e pessoas de outras religiões marca um contraste com a atitude do Papa Bento XVI, do papado anterior, que às vezes relegava não católicos a crentes de segunda classe.
Francisco pediu também pela "harmonia social do Sudão do Sul, onde as recentes tensões causaram inúmeras vítimas e são uma ameaça para a coexistência pacífica naquele jovem país".
Fonte: http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/papa-francisco-faz-apelo-pela-uniao-de-crentes-e-ateus
Entrevista com o porta voz do ateísmo moderno: Michel Onfray.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Haddad, Dilma e Alckim pensam em cotas para população negra e afrodescendente no funcionarismo público.
Haddad cria cota para negros no funcionalismo
Prefeito sanciona legislação aprovada pela Câmara Municipal; a partir de agora, 20% das vagas abertas no serviço público serão destinadas a "pretos, pardos ou denominação equivalente" estabelecida pelo IBGE; autodeclaração será determinante; governador Geraldo Alckmin poderá imitar medida em seguida
24 de Dezembro de 2013 às 18:27
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, promulgou hoje (24) lei municipal que obriga a administração pública direta e indireta a reservar, no mínimo, 20% dos cargos em comissão e efetivos para negros ou afrodescendentes.
A lei garante a equidade de gênero para a ocupação das vagas. A nova legislação prevê que para cargos efetivos e estatutários, os beneficiários das cotas necessariamente deverão prestar concurso público para o ingresso.
"Para os efeitos desta lei, consideram-se negros, negras ou afrodescendentes as pessoas que se enquadram como pretos, pardos ou denominação equivalente, conforme estabelecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou seja, será considerada a autodeclaração", diz trecho da nova legislação. O Poder Executivo tem 90 dias para regulamentar a lei a partir de hoje.
Em novembro, a presidenta Dilma Rousseff enviou ao Congresso um projeto de lei similar, que destina 20% das vagas em concursos públicos federais para negros.
No último dia 4, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou a proposta. O projeto ainda deverá ser analisado pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias e Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, passará pelo plenário da Câmara. Se aprovado, irá ao Senado.
Neste mês também entrou na Assembleia Legislativa de São Paulo um projeto de lei do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que também estabelece uma cota de 20% para os negros que disputarem concursos públicos no Estado. O mesmo critério terá que ser usado, caso o projeto seja aprovado, para os cargos em comissões.
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/125006/Haddad-cria-cota-para-negros-no-funcionalismo.htm
O timo dos sonhos da mídia reacionária brasileira.
Os jornalistas mais reacionários de 2013: minha seleção
Postado em 24 Dec 2013
por : Paulo Nogueira
Bem, final de ano é tempo de retrospectiva.
O DCM acompanhou a mídia com atenção, e então vai montar sua seleção de jornalistas do ano, o Time dos Sonhos do atraso e do reacionarismo, o TS, o melhor do pior que existiu na manipulação das notícias.
A cartolagem é parte integrante e essencial do TS: Marinhos, Frias, Civitas, Mesquitas etc.
À escalação:
No gol, Ali Kamel, diretor de jornalismo da TV Globo. Devemos a ele coisas como a magnífica cobertura da meia tonelada de cocaína encontrada no famoso Helicóptero do Pó, pertencente à família Perrella.
Kamel é também notável pela sagaz tese de que não existe racismo no Brasil.
Na ala direita, dois jogadores, porque pela esquerda ninguém atua. Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes são os selecionados. Os blogueiros da Veja são entrosados, e pô-los juntos facilita o trabalho de treinamento do TS.
Azevedo se notabilizou, em 2013, por ser comparado por diferentes mulheres a diferentes animais, de pato a rottweiler.
Nunes brilhou por lances de genialidade e inteligência – e total ausência de preconceito — como chamar Evo Morales de “índio de franja” e classificar Lula de “presidente retirante”.
Uma disputa interessante entre Nunes e Azevedo é ver quem utilizou mais a palavra “mensaleiros”. Gênios.
Na zaga, uma inovação: duas mulheres. Temos a cota feminina no TS do DCM. Eliane Cantanhede, colunista da Folha, e Raquel Scherazade, a versão feminina de Jabor.
Ambas defenderam valentemente o país dos males do lulopetismo, e fizeram a merecida apologia de varões de Plutarco da estatura de Joaquim Barbosa, o magistrado do apartamento de Miami.
No meio de campo, três jogadores de visão: Jabor, Merval e Míriam Leitão. Sim, a cota feminina subiu durante a montagem do TS.
Jabor se celebrizou em 2013 pela rapidez com que passou da condenação absoluta à louvação incondicional das jornadas de junho quando seus superiores na Globo lhe deram ordem para mudar o tom.
Merval entrará para a história pelo abraço fraternal em Ayres de Britto, registrado pelas câmaras. Merval conseguiu desmontar a tese centenária e mundialmente reverenciada de Pulitzer de que jornalista não tem amigo.
E Míriam Leitão antecipou todas as calamidades econômicas que têm assaltado o país, a começar pela redução da desigualdade e pelo nível de emprego recorde.
Numa frase espetacular em 2013, Míriam disse que só escreve o que pensa. Aprendemos então que ela é tão igual aos patrões que poderia ser o quarto Marinho, a irmãzinha de Roberto Irineu, João Roberto e Zé Roberto.
No ataque, dois Ricardos, também para facilitar o entrosamento. Ricardo Setti e Ricardo Noblat. Setti foi uma revelação, em 2013, no combate ao dilmismo, ao lulismo, ao bolivarianismo, ao comunismo ateu e à varíola. Noblat já é um jogador provado, e dispensa apresentações. Foi o primeiro blogueiro a abraçar a honrosa causa do 1% no Brasil.
Para completar o trio ofensivo, Eurípides Alcântara, diretor da Veja. Aos que temiam que a Veja pudesse se modernizar mentalmente depois da morte de Roberto Civita, Eurípides provou que sempre se pode ir mais adiante.
Suas últimas contratações são discípulos de Olavo de Carvalho, o astrólogo que enxerga em Obama um perigoso socialista. Graças a Eurípides, em todas as plataformas da Veja, o leitor está lendo na verdade a cabeça privilegiada de Olavo.
Na reserva do TS, e abrindo espaço para colunistas que não sejam necessariamente jornalistas, dois selecionados.
O primeiro é Lobão, novo colunista da Veja e novo olavete também. No Roda Viva, Lobão defendeu sua reputação de rebelde ao fugir magistralmente de uma pergunta sobre o aborto.
O outro é o professor Marco Antônio Villa, que conseguiu passar o ano sem acertar nenhuma previsão e mesmo assim tem cadeira cativa em todas as mídias nacionais.
O patrono do TS é ele, e só poderia ser ele: José Serra.
Mas Joaquim Barbosa pode obrigar Serra a cedê-la a ele, JB, nosso Batman, nosso menino pobre que mudou o Brasil e, nas horas vagas, arrumou um emprego para o júnior na Globo.
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
Fonte: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/os-jornalistas-mais-reacionarios-de-2013-uma-selecao/
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Ação penal 470 documentada e aberta ao público
Presos no Natal, petistas documentam AP 470
Enquanto José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino passam o primeiro Natal presos, seja na Papuda, seja em prisão domiciliar, nasce um blog, na internet, disposto a contar "o que setores da mídia não dizem sobre o suposto mensalão"; lá estão reportagens da revista Retrato do Brasil, um livro de Paulo Moreira Leite e até uma entrevista do conservador Ives Gandra Martins, em que ele diz que José Dirceu foi condenado sem provas; lançado pelo deputado estadual Fernando Mineiro (PT-RN), serve de contraponto ao discurso hegemônico que hoje aponta até que presos em regime semiaberto, mas encarcerados em regime fechado, estão tendo "regalias"
24 de Dezembro de 2013 às 06:20
247 - A
julgar pelo discurso oficial da mídia, personagens como José Dirceu e
Delúbio Soares, que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal ao
regime semiaberto, mas que estão desde 15 de novembro encarcerados em
regime fechado, vêm tendo "regalias" na Papuda. Em resposta a esses
supostos privilégios, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal
determinou que os dois só podem ler duas horas por dia – o que fez com
que o advogado de presos políticos e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh
denunciasse o que chama de "fascismo" na Papuda (leia mais aqui).
Esse é apenas o capítulo
mais recente de uma história quase surreal que se passa no Brasil de
hoje, onde a Justiça, antes guardiã dos direitos essenciais dos
indivíduos, se transformou em trampolim para ambições políticas. Do
Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon já migrou para o PSB,
enquanto Ellen Gracie, ex-STF, assinou a ficha de filiação do PSDB.
Ainda é aguardada para março a decisão de Joaquim Barbosa, que poderá
ser candidato até a presidência da República.
Enquanto a mídia aplaude o
que em qualquer parte do mundo seria condenado, um deputado estadual do
PT do Rio Grande do Norte, Fernando Mineiro, tomou uma iniciativa
interessante. Lançou um blog, chamado de Ação 470, que reúne fatos,
documentos e até provas que desmontam a história oficial contada sobre a
Ação Penal 470. Lá estão, por exemplo, reportagens da revista Retrato
do Brasil, de Raimundo Rodrigues Pereira, que demonstrou, de forma cabal
e incontestável, que os recursos da Visanet, supostamente desviados do
Banco do Brasil, foram efetivamente gastos em publicidade. Outro
destaque é o livro escrito pelo jornalista Paulo Moreira Leite.
Ontem, o blog do ex-ministro José Dirceu, que vem sendo alimentado por amigos, publicou um texto sobre o Ação 470. Leia abaixo:
23 dez 2013/0 Comentários/ destaque /Por Equipe do Blog
Queremos compartilhar com
vocês a informação sobre a criação de um novo site mostrando fatos
ignorados pela grande imprensa sobre a AP 470. É o “Ação 470 – O que setores da mídia não dizem sobre o suposto mensalão”.
“Esse blog nasceu para
ser um contraponto ao discurso hegemônico de parte da mídia sobre o caso
da Ação Penal 470, popularmente conhecida como ‘mensalão’. Reunimos
publicações, reportagens especiais e artigos que expõem o outro lado da
história, sem o viés político que marcou a cobertura dos veículos
tradicionais de comunicação”, afirma o deputado estadual Fernando
Mineiro (PT-RN) na apresentação do site.
“O objetivo é reunir, num
mesmo espaço virtual, uma coletânea de textos que ofereçam uma visão
mais plural, permitindo assim que as pessoas possam comparar fatos,
argumentos e versões, para que tirem suas próprias conclusões”,
acrescenta.
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/124946/Presos-no-Natal-petistas-documentam-a-AP-470.htm
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Enquanto isso na paraíso do consumo neoliberal, onde a burguesia metida a fidalga vai fazer compras, um milhão de pessoas vão perder o auxílio desemprego.
EUA: cerca de 1 milhão de desempregados perderão auxílio do governo
Entrave orçamentário no Congresso fará que seguro criado na gestão de George W. Bush seja parcialmente cortado
Um entrave orçamentário no Congresso dos EUA fará com que cerca de um milhão de desempregados percam benefícios e auxílios do governo a partir do dia 28 de dezembro. Os congressistas não chegaram a um acordo sobre a continuação do "programa de ajuda emergencial aos desempregados", forçando o encerramento de parte do crédito criado na administração de George W. Bush.
Leia mais:
Mapa da desigualdade em 2013: 0,7% da população detém 41% da riqueza mundial
Agência Efe
Programa de auxílio a desempregados criados na era de George W. Bush será cortado na administração Obama
A medida afetará principalmente aqueles que estão há mais de um ano sem fonte de renda. A ajuda federal paga em média cerca de US$1,6 mil dólares para desempregados em zonas de risco social. O projeto foi criado em 2008 como forma de amenizar os impactos da grave crise econômica daquele ano - na ocasião, mais de duas milhões de pessoas perderam o emprego nos EUA.
Leia mais:
Vítimas do franquismo querem driblar anistia espanhola por meio da justiça argentina
A partir de 28 de dezembro, o programa será apenas "parcialmente" encerrado, atendendo ainda grande parte dos desempregados norte-americanos. As negociações, no entanto, continuarão a partir de janeiro de 2014 para encontrar uma saída para o imbróglio orçamentário. Sem acordo, outras 3 milhões de pessoas perderão o auxílio até o final de 2014.
Leia mais:
"Shutdown": 5 mentiras e 5 verdades sobre o fechamento do governo dos EUA
O encerramento parcial do programa de auxílio a desempregados é mais um capítulo da batalha orçamentária entre republicanos e democratas. Os dois partidos debatem sobre cortes de gastos públicos em iniciativas de benefício social. Os republicanos exigem menor participação do governo e são contrários ao plano de saúde estendido a população - chamado de Obamacare e principal alvo dos vetos orçamentários no Congresso.
Em outubro, outro entrave no Congresso fez com que o governo fosse paralisado por mais de duas semanas, causando temor do calote da dívida norte-americana. O episódio ficou conhecido como o "shutdown de Washington".
Haddad afirma que acredita na distribuição de renda por ser socialista e afirma ser contrário às vontades da Casa Grande.
Para Haddad, 'Casa Grande' impede justiça tributária em São Paulo
'Sou socialista, acredito na
necessidade da distribuição de renda', diz prefeito ao comentar decisão
do STF que impede correção de imposto. Para ele, queda da Portuguesa só
não é mais injusta do que isso
por Eduardo Maretti, da RBA
publicado
20/12/2013 19:10,
última modificação
23/12/2013 11:45
Comments
Marcelo D'Sants/Frame/Folhapress
São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad (PT), chamou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) de “Casa Grande”, em oposição à senzala, ao comentar a derrota
judicial na batalha jurídica contra a entidade em torno da planta
genérica de valores. “A Casa Grande não deixa a desigualdade ser
reduzida na velocidade que a gente deseja”, afirmou, na biblioteca Mário
de Andrade, em discurso na cerimônia de sanção da criação da SP Cine,
agência estatal de fomento ao cinema na cidade. “Sou socialista,
acredito na necessidade da distribuição de renda.”À imprensa, embora tenha afirmado que não lhe “cabe comentar decisão judicial”, disse que é preciso haver “harmonia entre as decisões”. “Por exemplo, o mesmo tribunal que impediu a atualização da planta manda matricular 150 mil crianças na educação infantil. O STF que determina o pagamento dos precatórios à vista ou em cinco anos é o mesmo que impede a atualização da planta genérica.” A posição é a mesma do líder de seu governo na Câmara Municipal, Arselino Tatto.
Hoje à tarde, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decidiu manter liminar de primeira instância que impede a prefeitura de aplicar no IPTU os valores fixados por legislação aprovada na Câmara, que promove aumentos nos bairros de maior valorização imobiliária e reajustes mais baixos ou redução de valores em áreas com menos infraestrutura urbana.
Em sua argumentação, Barbosa alegou que não tem conhecimento integral do orçamento municipal para saber se os prejuízos apresentados pela administração municipal com a manutenção da liminar são, de fato, daquele tamanho. A contestação apresentada ao Supremo diz que os cofres vão perder R$ 800 milhões em arrecadação direta, e até R$ 4 bilhões em repasses do governo federal que podem deixar de ser feitos por compromissos não honrados.
O presidente do STF argumentou ainda que é mais fácil a administração municipal esperar que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julgue o mérito da questão para só depois aplicar a correção do que o contrário, ou seja, que se autorize um reajuste que depois terá de ser devolvido aos contribuintes.
Haddad descartou, porém, a possibilidade de emitir novos boletos após decisão judicial, e indicou que apenas em 2015 colocará em marcha o IPTU progressivo, após nova tramitação pela Câmara Municipal.
Para ele, as decisões da justiça contrariam o conceito histórico do IPTU. “O imposto é sobre a propriedade. Em bairros em que houve uma valorização acima da inflação, tem que haver aumento proporcional; onde houve valorização abaixo, tem que haver desconto. Essa é a lógica do IPTU desde tempos imemoriais, sempre foi assim”, disse. “É a primeira vez que acontece isso, uma prefeitura ser impedida de fazer justiça tributária.”
Para o prefeito, a concessão da liminar pelo Tribunal de Justiça paulista e sua manutenção nos tribunais superiores “é um precedente que causa muita preocupação, porque se esse entendimento valer para todas as cidades brasileiras, os prefeitos vão ter muitas dificuldades de manter seus orçamentos”.
Ainda sobre o significado do precedente jurídico, apontou que as decisões anteriores não haviam chegado a comprometer a planta genérica proposta pela prefeitura. “Sempre se discutiu alíquota ou progressividade, mas a planta genérica sempre foi uma espécie de cláusula pétrea, não se discute. Agora temos uma realidade nova e podemos perder essa fonte. Desde o prefeito Jânio Quadros, é a primeira vez na história de São Paulo que um prefeito é impedido de atualizar a planta genérica de valores.”
Haddad esclareceu que para 2014 o reajuste será de forma habitual, pela inflação. “Manteremos o quadro atual.” Disse também que não haverá nenhuma nova medida quanto ao IPTU e à planta genérica. “Tudo agora depende da justiça, nada mais depende da prefeitura e nem do Legislativo.”
Ele explicou que o contingenciamento (verbas que a prefeitura não poderá usar) será de cerca de R$ 4 bilhões. “A maior parte desses R$ 800 milhões de IPTU era de contrapartida de recursos do PAC. Cada real que a gente deixa de arrecadar nós perdemos três reais do governo federal.”
Afirmou ainda que a Fiesp e seu presidente, Paulo Skaf, sabiam dessa informação, mas a omitiram. “Paulo Skaf foi avisado, mas preferiu omitir e levar à TV as inverdades que levou.”
Mais cedo, o prefeito havia dito que Skaf é “demagogo”.
Apesar da contrariedade, Haddad usou de bom humor para fazer uma comparação: “Queda da Portuguesa só não é mais injusta do que isso”, disse, em referência ao rebaixamento no tapetão da Portuguesa no Campeonato Brasileiro de futebol.
Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2013/12/para-haddad-casa-grande-impede-justica-tributaria-em-sao-paulo-949.html
Por maioria na Assembléia Legislativa Alckmim fica blindado no caso do escândalo do Metrô. Ah, se fossem outros partidos...
PSDB blinda Alckmin e bloqueia CPI do cartel
Dos 28 requerimentos para ouvir os principais envolvidos no esquema de corrupção em contratos de trem e metrô em governos tucanos desde Mario Covas (1998), apenas três foram aceitos pelos deputados; a comissão ainda não acatou o pedido de depoimento de um dos delatores do esquema, o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, que acusa três secretários de Alckmin – Edson Aparecido, Rodrigo Garcia e José Aníbal – de receber propina
23 de Dezembro de 2013 às 06:44
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu "rapidez" e "seriedade" nas investigações sobre o esquema de cartel.
No entanto, até agora, a abertura da CPI do caso não obteve adesão suficiente de deputados. Desde 2008, esta é a quarta tentativa do PT para instalar uma CPI sobre o conluio de empresas nos contratos do Metrô paulista. As propostas anteriores não passaram pelo mesmo motivo: bloqueio da maioria governista. Para existir, a comissão precisa de 32 assinaturas. Até o momento, a atual proposta conta com 26 adesões.
Além disso, dos 28 requerimentos da oposição para convocar autoridades e envolvidos no esquema, apenas três foram ouvidos pelos deputados. São eles: o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e os atuais presidentes do Metrô, Luiz Antonio Pacheco, e da CPTM, Mário Manuel Bandeira.
Figuras importantes, como os presidentes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Vinicius Carvalho, e da Siemens, Paulo Stark, e o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) não responderam à convocação.
A comissão ainda não acatou o pedido para ouvir um dos delatores do esquema, Everton Rheinheimer. Ele acusa três secretários de Alckmin – Edson Aparecido, Rodrigo Garcia e José Anibal – de receber propina do esquema. Além disso, envolveu o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e o estadual Campos Machado (PTB).
Outro nome vetado foi o de João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM que recebeu US$ 836 mil numa conta na Suíça.
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/124861/PSDB-blinda-Alckmin-e-bloqueia-CPI-do-cartel.htm
Fiesp, do milionário Skaf e direita conservadora conseguiram com que os pobre continuem pagando IPTU em São Paulo em 2014. O sofrimento dos mais necessitados é recheio de pastel do mais ricos.
Tocar fogo em SP: meta do conservadorismo em 2014
Haddad lidera reformas indispensáveis para tirar a cidade do caos. A velocidade dos ônibus já deu um salto de 45%. Mas o dinheiro grosso barra novos avanços.
A velocidade dos ônibus em São Paulo registou um salto de 45% em 2013 (de 14,2 kms/h para 20,6 kms /h).
Três milhões de pessoas ganharam 38 minutos por dia fora das latas de sardinha, que agora pelo menos andam.
Embora a maioria ainda desperdice mais de duas horas diárias em deslocamentos pela cidade, é quase uma revolução quando se verifica a curva antecedente.
Ninguém pagou mais por isso: as tarifas estão congeladas desde junho sob a pressão de protestos legítimos liderados pelo Movimento Passe Livre.
Financiar a tarifa e modernizar o sistema com 150 kms de corredores exclusivos (as faixas já passam de 290 kms) , seria a tarefa do aumento progressivo do IPTU previsto pelo prefeito Fernando Haddad.
A coerência entre os meios e os fins é irretocável.
1/3 dos moradores mais pobres de SP não pagariam nada de IPTU em 2014; os demais, em média, contribuiriam com um adicional de R$ 15,00 ao mês. Os boletos dos mais ricos, naturalmente, transitariam acima da média.
O matrimônio de interesses expresso na aliança entre Fiesp, PSDB e a toga colérica implodiu esse reajuste.
Como Nero, eles querem ver São Paulo pegar fogo para culpar os adversários (os cristãos, no caso do imperador).
Em meio às labaredas emergiria o palanque conservador como a escada Magirus que os reconduziria com segurança ao Bandeirantes e, quem sabe, ao Planalto.
O dinheiro grosso fornece a gasolina; o tucanato fino de Higienópolis entra com o maçarico.
‘Bum!’, diz a mídia obsequiosa que estampa a foto de Haddad com a legenda: o culpado é o oxigênio.
Depois de subtrair R$ 40 bi por ano do sistema público de saúde, ao extinguir a CPMF, eles não hesitam agora em usar o sofrimento da população como recheio do seu pastel de vento eleitoral.
É o de sempre, ataca Haddad: a coalizão da casa-grande contra a senzala.
Eles retrucam estalando o chicote da mídia.
A rede de ônibus da capital (linha e fretados) transporta 68% das população e ocupa somente 8% das vias urbanas.
A frota de automóveis transporta 28% e ocupa cerca de 80% do espaço das vias.
A informação é da urbanista Raquel Rolnik, em artigo reproduzido no Viomundo.
A rigor, portanto, a mobilidade melhorou para a maioria dos habitantes da cidade, com uma redistribuição pontual do uso do espaço viário.
Mas a emissão conservadora atiça o fim de ano da classe média com bordão do caos no trânsito –por culpa do privilégio concedido aos ônibus.
Na edição de sábado (21/12), o jornal Folha de SP estampa a manchete capciosa em seis colunas, no caderno Cotidiano: ‘Trânsito piora, e ônibus anda mais rápido’.
No manual de redação dos Frias , trânsito é sinônimo de transporte individual.
Há um traço comum entre esse entendimento do que seja interesse coletivo e individual e o belicismo conservador contra o programa ‘Mais Médicos’.
O programa subverteu a lógica protelatória e alocou médicos estrangeiros, cubanos em sua maioria, ali onde os profissionais locais não querem trabalhar: periferias conflagradas e socavões distantes.
Produz-se assim uma mudança instantânea na vida de 23 milhões de brasileiros até então desassistidos.
Quantos não morreriam à espera do longo amanhecer incremental preconizado pelo conservadorismo?
A dimensão estrutural desse antagonismo perpassa a luta pelo desenvolvimento brasileiro desde Getúlio.
Reformas de base ou a delegação do futuro da economia e do destino da sociedade aos mercados?
Em 1964 o pelourinho midiático, a Fiesp e o tucanismo, na versão udenista, resolveram a pendência da forma sabida.
Meio século depois, São Paulo reproduz em ponto pequeno a mesma confluência de interesses que se reivindica o direito consuetudinário de tocar fogo no canavial e estalar o açoite para fazer a moenda girar.
Primeiro, a garapa; resto a gente conversa depois.
Com a tigrada guardada nas senzalas.
Ou imobilizada em ônibus-jaula.
A gestão Haddad precisa modular o timming de suas ações para discuti-las antes com a população.
Tem agora um inédito conselho de participação popular para isso.
Mas é indiscutível que o prefeito lidera hoje um conjunto de reformas imperativas, as reformas de base da São Paulo do século XXI.
Sem elas a cidade afundará no destino que lhe reservou a elite brasileira branca e plutocrática: ser um exemplo de viabilidade de uma das mais iníquas versões do capitalismo no planeta.
Esse é o embate dos dias que correm na metrópole.
Diante dele, o silêncio de quem liderou os protestos de junho chega a ser desconcertante.
Mas não é inédito.
Há inúmeros antecedentes gravados na história com os predicados de cada época .
E nenhum deles é inocência.
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Tocar-fogo-em-SP-meta-do-conservadorismo-em-2014/29865
domingo, 22 de dezembro de 2013
Os latidos de cachorrinho de madame da Folha de São Paulo
Quem é a direita brasileira?
Em artigo exclusivo para o 247, o jornalista Breno Altman disseca o pensamento da nova direita brasileira, que tem Reinaldo Azevedo como um de seus expoentes; "Sob o rótulo de 'direita democrática', o que respira é uma concepção liberal-fascista", lembra Altman. "Não é de hoje que direitistas recorrem a truques de maquiagem para não serem reconhecidos. A mais comum dessas prestidigitações tem sido a de se enrolar em supostas bandeiras democráticas para cometer malfeitos", afirma, lembrando o apoio da direita a golpes e quebras institucionais; sobre Azevedo, Altman nega que se trate de um rottweiler e o compara a um cachorrinho de madame. Ainda assim, adverte sobre o perigo que representa. "Claro que o ladrar de Azevedo e seus parceiros não é capaz, nos dias que correm, de ameaçar a estrutura democrática do país. Mas choca o ovo da serpente pelas ideias e valores que representa"; leia a íntegra
20 de Dezembro de 2013 às 06:40
O sr. Reinaldo Azevedo, a quem injustamente referiu-se a ombudsman da Folha de S. Paulo como rottweiler do conservadorismo, continua a desmentir sua colega de redação. Qualquer comparação com uma raça canina tão forte e cheia de personalidade é realmente despropositada. Se o nobre animal lesse jornal, provavelmente se sentiria insultado. O colunista, tanto pelas posições que defende quanto por estilo, está mais para cachorrinho de madame.
Deu-nos mais uma prova, no dia 6 de dezembro, em artigo intitulado "Direita já!", de qual é o seu pedigree. A ideia básica é que falta, no Brasil, uma força política que tenha competitividade eleitoral e, abraçando claramente valores de direita, faça oposição ao governo. Ou que acredite na hipótese de se tornar dominante exatamente por defender esses valores. Ainda mais longe vai o santarrão do conservadorismo: o PT provavelmente continuará a governar porque não seria possível "candidatura de oposição sem valores de oposição".
O que Azevedo esconde do leitor, por ignorância ou má fé, são as razões pelas quais a direita brasileira atua disfarçada. Esse campo ideológico, afinal, esteve historicamente comprometido com a quebra da Constituição, o golpismo e a instituição de ditaduras. Seus valores de raiz são o autoritarismo, o racismo de índole escravocrata, o preconceito social, o falso moralismo e a submissão às nações que mandam no mundo. Vamos combinar que não é fácil conquistar apoios com essa carranca.
Não é de hoje que direitistas recorrem a truques de maquiagem para não serem reconhecidos. A mais comum dessas prestidigitações tem sido a de se enrolar em supostas bandeiras democráticas para cometer malfeitos. Exemplo célebre é o golpe militar de 1964, quando bateram nas portas dos quartéis e empurraram o país para uma longa noite de terror, em nome da liberdade e da democracia.
A ditadura dos generais foi o desfecho idealizado pela "direita democrática", depois que se viu sem chances de ganhar pelo voto e tomou o caminho da conspiração. O suicídio de Getúlio Vargas sustou a intentona por dez anos, mas os ídolos de Azevedo estavam à espreita para dar o bote. As provas são abundantes: estão presentes não apenas nos discursos de personalidades da "direita democrática" de antanho, mas também nas páginas dos jornalões da época, que clamavam pela ruptura constitucional e a derrubada do presidente João Goulart.
Algumas dissidências desse setor, a bem da verdade, tentaram se reconciliar com o campo antiditadura, depois de largados na estrada pelos generais ou frustrados com sua truculência. A maioria dos azevedinhos daquele período histórico, no entanto, seguiu de braços dados com a tortura e a repressão. Eram ativistas ou simpatizantes do partido da morte. Batiam continência como braço civil de um sistema talhado para defender os interesses das grandes corporações, impedindo a organização dos trabalhadores e massacrando os partidos de esquerda.
O ocaso do regime militar trouxe-lhes isolamento e desgaste. A direita pró-golpe, mesmo transmutada em partidos que juravam compromisso com a democracia reestabelecida, não teve forças para forjar uma candidatura orgânica nas eleições presidenciais de 1989. Acabaram apoiando Fernando Collor, um aventureiro de viés bonapartista, para enfrentar o risco representado por Lula ou Brizola. O resto da história é conhecido.
Depois deste novo fracasso, as forças reacionárias ficaram desmoralizadas e sem chão. Trataram, em desabalada carreira, de aderir a algum pastiche que lhes permitisse sobrevida, afastando-se o quanto podiam da herança ditatorial que lhes marcava a carne. Viram-se forçadas a buscar, entre as correntes de trajetória democrática, uma costela a partir da qual pudessem se reinventar. Encontraram no PSDB, capturado pela burguesia rentista, o instrumento de sua modernização e o novo organizador do bloco conservador.
A mágica acabou, porém, quando o PT chegou ao Planalto, deslocando para a esquerda boa parte do eleitorado que antes era seduzido pelo conservadorismo. Esse foi o resultado da adoção de reformas que modificaram e universalizaram providências antes circunscritas a tímidas medidas compensatórias, como parte de um projeto que permitiu a ascensão econômico-social da maioria pobre do país. Tais conquistas tingiram de cores fúnebres, na memória popular, o modelo privatista e excludente sustentado pelo tucanato.
Enquanto a direita republicana tratava desesperadamente de estabelecer vínculos entre o sucesso do governo petista e eventuais políticas do período administrativo anterior, evitando reivindicar seu próprio programa, outro setor deu-se conta que, sem diferenciação clara de projetos, seria muito difícil reconquistar maioria na sociedade e romper a dinâmica estabelecida pela vitória de Lula em 2002.
Não haveria saída, contra o petismo, sem promover a mobilização político-ideológica das camadas médias a partir de seus ímpetos mais entranhadamente individualistas, preconceituosos e antipopulares. Ao contrário de uma tática que encurtasse espaços entre os dois polos que definem a disputa nacional, o correto seria clarificar e radicalizar o confronto.
As legendas eleitorais do conservadorismo titubeiam a fazer dessa fórmula seu modus operandi, mas os meios tradicionais de comunicação passaram a estar infestados por gente como Azevedo e outros profetas do passado. A matilha não tem votos para bancar nas urnas uma alternativa à sua imagem e semelhança, é verdade. Seria um erro, no entanto, subestimar-lhe a audiência e o papel de vanguarda do atraso que atualmente exerce nas fileiras oposicionistas.
Até porque conta com uma fragilidade da própria estratégia petista, de melhorar a vida do povo através da ampliação de direitos e do consumo, mas atenuando ao máximo o enfrentamento de valores e o esforço para modificar as estruturas político-ideológicas construídas pela oligarquia, especialmente os meios massivos de comunicação. O PT logrou formar maioria eleitoral a partir dos avanços concretos, mas não impulsionou qualquer iniciativa mais ampla para estabelecer hegemonia cultural e ideológica.
Seria persistir neste equívoco não dar o devido combate ao conteúdo programático do discurso azevedista. Sob o rótulo de "direita democrática", o que respira é uma concepção liberal-fascista, forjada na comunhão das ditaduras chilena e argentina com a escola de Chicago e os seguidores do economista austríaco Ludwig Von Mises.
O velho fascismo, que trazia para dentro do Estado as operações dos conglomerados capitalistas, tornando-os parasitas econômicos da centralização política, efetivamente caducou como resposta aos próprios interesses grão-burgueses. Entre outros motivos, porque retinha parte ponderável da taxa de lucro para o financiamento do aparato governamental.
A combinação entre ultra-liberalismo e autoritarismo converteu-se em um modelo mais palatável entre as elites. O Estado assumia as tarefas de repressão e criminalização das lutas sociais, na sua forma mais perversa e violenta, soltando as amarras legais e sociais que regulavam o desenvolvimento dos negócios em âmbito privado. Não eram à toa os laços afetuosos que uniam Margaret Thatcher e Ronald Reagan ao fascista Pinochet. O neoconservadorismo se trata, afinal, do liberal-fascismo sem musculatura ou necessidade de realizar seu projeto histórico até o talo.
Claro que o ladrar de Azevedo e seus parceiros não é capaz, nos dias que correm, de ameaçar a estrutura democrática do país. Mas choca o ovo da serpente pelas ideias e valores que representa. A melhor vacina para a defesa da democracia, contudo, como dizem os gaúchos, é manter a canalha segura pelo gasganete. Os latidos dos cachorrinhos de madame devem ser repelidos, antes que se sintam à vontade para morder.
Breno Altman é jornalista, diretor editorial do site Opera Mundi e da revista Samuel.
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/124607/Quem-%C3%A9-a-direita-brasileira.htm
Mais ricos não aceitam pobres pagarem menos impostos em São Paulo. Mas se fosse o Kassab, queridinho da mídia... o assunto seria diferente!
Kassab aumentou IPTU em até 357% e Fiesp não deu um pio
Posted by eduguim on 21/12/13 • Categorized as Sem categoria
Uma das grandes tragédias nacionais é a nossa amnésia crônica, coletiva e seletiva. A celeuma de escancarada – e “skafiana” – motivação político-eleitoral levantada pela Fiesp contra a adequação das alíquotas do IPTU tentada pela prefeitura paulistana – e barrada pelo STF – só venceu por conta desse fenômeno.
Não fosse assim, São Paulo se lembraria de que o antecessor do prefeito Fernando Haddad majorou muito mais o imposto e nem a Fiesp, nem o STF e nem o PSDB deram um pio. Até a mídia, sempre resistente à cobrança de impostos, resmungou um pouco e se calou rapidinho.
Para confirmar o fato, basta pesquisar os arquivos dos jornais. O da Folha de São Paulo, por exemplo, contém pérolas como reportagem de 14 de outubro de 2009 que mostra que, tal qual Fernando Haddad, seu antecessor, Gilberto Kassab, promoveu uma adequação tributária do IPTU em seu primeiro ano de governo.
Só que muito mais radical que a do sucessor. E o que é pior: sem os seus méritos.
Apesar do enorme aumento do IPTU que o então queridinho da mídia paulista se preparava para tascar no lombo dos paulistanos, a matéria comunicando a paulada nos munícipes foi sóbria, sem grandiloquência ou virulência como nas matérias disparadas contra Haddad.
Abaixo, a matéria
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FOLHA DE SÃO PAULO
14 de outubro de 2009
Prefeitura planeja revisão geral do IPTU
Objetivo é rever imposto de acordo com a valorização imobiliária de cada região; dados preliminares apontam para reajuste de até 357%
A última revisão geral do valor de mercado dos imóveis foi feita em 2001; novo valor do imposto deve passar a valer em 2011
EVANDRO SPINELLI
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
A gestão Gilberto Kassab (DEM) já iniciou estudos para aumentar o IPTU na cidade de São Paulo de acordo com a valorização imobiliária de cada região nos últimos oito anos.
Dados obtidos pela Folha apontam para um aumento de até 357% -caso da rua Barão de Ladário, no Brás, beneficiada pela revitalização do largo da Concórdia e pelo fortalecimento do comércio no centro.
O estudo, comandado pela comissão de valores imobiliários da Secretaria Municipal de Finanças, já foi realizado para áreas como Higienópolis, Pacaembu, Barra Funda, Limão, Vila Maria e Santana.
A Folha apurou que o próprio Kassab defende a revisão do imposto. Diz que ela é justa considerando a valorização imobiliária de vários bairros, principalmente aqueles onde foram construídos shoppings ou estações de metrô.
Ele acredita também que algumas áreas terão redução do imposto, porque o valor de mercado dos imóveis se desvalorizou no período. A comissão começou o trabalho pelas áreas que tiveram valorização.
O prefeito só não definiu quando encaminhará o projeto ao Legislativo, pois teme a repercussão negativa que a medida pode causar -2010 é ano eleitoral, no qual ele apoiará o governador José Serra (PSDB).
O mais provável é que o projeto seja encaminhado para análise dos vereadores entre outubro e novembro de 2010, depois das eleições, para valer a partir do ano seguinte.
Em 2006, Kassab já tentou mudar o IPTU, mas acabou recuando. Na época, prometeu não mexer no IPTU até o fim daquele mandato (2008).
A última revisão geral do valor de mercado dos imóveis foi feita em 2001, primeiro ano da gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT). De lá para cá, os valores sofreram apenas a correção da inflação do período.
Áreas próximas à marginal Tietê, onde as inundações deixaram de ser frequentes, também se valorizaram, segundo a comissão, em até 307% -casos da Vila Maria e do Tatuapé.
Na região da Vilaboim, em Higienópolis (centro), o reajuste deverá ser de 46,35%.
Luiz Paulo Pompéia, da comissão de valores imobiliários e diretor da Embraesp, empresa especializada em avaliações de patrimônio, estima que a planta genérica esteja defasada em até 30%. Com a revisão, a prefeitura pode arrecadar até R$ 1 bilhão a mais por ano -hoje, a receita é de R$ 3,1 bilhões.
Segundo ele, nas regiões mais verticalizadas a defasagem é maior, e áreas vizinhas a favelas e vulneráveis a enchentes se desvalorizaram.
Eduardo Della Manna, diretor de legislação urbana do Secovi (sindicato das imobiliárias), defende a revisão do IPTU a cada três anos, para manter o valor da planta genérica condizente com o de mercado.
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A iniciativa de Kassab, porém, não tinha os mesmos méritos da de seu sucessor. Kassab majorou com gosto o IPTU, mas sem promover justiça tributária como tentou fazer Haddad. Aumentou as alíquotas de forma praticamente linear – com poucas exceções.
Outra matéria da Folha de São Paulo, agora de 22 de novembro de 2009, foi mais condescendente com o aumento do imposto promovido por Kassab, evitando citar casos mais extremos. Ainda assim, deixou ver que o aumento médio promovido por ele foi muito maior do que o de Haddad e não fez justiça tributária. Pelo contrário, aumentou mais o imposto nas regiões mais pobres.
Abaixo, a matéria
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FOLHA DE SÃO PAULO
22 de novembro de 2009
Kassab anuncia aumento de até 60% no IPTU; 1,7 milhão de imóveis será afetado
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana dos paulistanos foi marcada pela notícia de que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) quer aumentar em até 60% o valor do IPTU na cidade.
Dos 2,8 milhões de imóveis da capital, 1,7 milhão terá aumento. Outros 86 mil pagarão menos. Imóveis residenciais terão no máximo 40% de aumento, diz o projeto. O teto de 60% valerá para os demais.
O projeto foi enviado à Câmara Municipal na terça-feira passada e precisa ser aprovado até o fim deste ano para ter validade já a partir de 2010. Os vereadores podem mudar o projeto, mas Kassab deve fazer prevalecer sua maioria na Casa para aprovar o texto no prazo.
Com a mudança, a prefeitura deve arrecadar R$ 744 milhões a mais de IPTU no ano que vem. A Folha antecipou no mês passado que Kassab pretendia aumentar o imposto.
Para reajustar o IPTU, o democrata determinou a revisão da planta genérica, que estabelece o valor de mercado do metro quadrado de terreno em todas as ruas. A última revisão havia sido feita em 2001, na gestão Marta Suplicy (PT).
A análise da nova planta genérica apontou para a prefeitura que certos imóveis da cracolândia -área no centro da cidade onde viciados usam drogas nas ruas em plena luz do dia- tiveram valorização maior que os das avenidas Paulista e Brigadeiro Faria Lima, dois símbolos paulistanos.
A revisão vai ter mais impacto na periferia que em áreas nobres. O metro quadrado na rua Lagoa da Tocha, no Grajaú (extremo sul), por exemplo, será aumentado em até 690%. Na av. Lavandisca, em Moema, o maior aumento será de 53%.
A prefeitura diz que não há erro nos cálculos e que a planta genérica reflete a valorização dos imóveis ocasionada pelos investimentos públicos e pelo próprio aquecimento do mercado imobiliário.
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Pior mesmo, porém, foi o uso que Kassab destinou aos recursos. Mais uma vez, recorro à Folha de São Paulo. Matéria de 8 de dezembro de 2009 mostra que parte do aumento que o paulistano pagaria no ano eleitoral de 2010 seria destinada a publicidade que favoreceria o padrinho de Kassab, José Serra, pois trataria de suas “realizações” antes de deixar a prefeitura.
Abaixo, a matéria.
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FOLHA DE SÃO PAULO
8 de dezembro de 2010
Kassab gastará parte do IPTU extra com propaganda
Base governista aumenta previsão de gasto com publicidade de R$ 105 milhões para R$ 126 milhões para o próximo ano
Valor da nova proposta é recorde e cresceu numa proporção bem maior do que o bolo geral do Orçamento do ano que vem
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), vai usar parte do dinheiro extra obtido com o aumento do IPTU no ano que vem para turbinar seus gastos com propaganda.
A base de apoio do prefeito na Câmara Municipal, com o relator Milton Leite (DEM) à frente, já redefiniu o Orçamento de 2010, contando agora com os mais de R$ 600 milhões de arrecadação extra por causa do aumento do imposto.
O valor que constava no Orçamento original para propaganda em 2010, R$ 105 milhões -uma quantia recorde no que se refere a gastos em publicidade em SP-, foi aumentando agora para R$ 126 milhões.
Os gastos da prefeitura com propaganda já vêm numa escalada neste ano. A previsão inicial era gastar R$ 31 milhões, mas Kassab aumentou a verba da área e deve desembolsar até o fim do ano R$ 90 milhões.
A Câmara quer aprovar hoje, em primeira votação, a proposta de Orçamento de 2010, cujo valor total passou de R$ 28,1 bilhões para R$ 28,8 bilhões com a inclusão das receitas extras.
Para a base aliada, os gastos com propaganda – que aumentaram numa proporção bem maior do que o bolo geral do Orçamento- são necessários para fazer campanhas que informem a população, como as de combate à dengue ou as de alertas contra enchentes.
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A matéria da Folha de São Paulo a seguir mostra que Haddad, além de propor aumento menor do IPTU que o de Kassab, ainda tentou fazer justiça tributária elevando o patamar de isenção e promovendo os maiores aumentos em 45%, enquanto que os do antecessor chegaram a 60%. E isso sem contar os aumentos desproporcionais em regiões pobres que o ex-prefeito praticou.
Abaixo, a matéria
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FOLHA DE SÃO PAULO
2 de outubro de 2013
Reajuste do IPTU poderá chegar a até 45% no ano que vem
Teto fixado por Haddad valerá para comércio ou indústria; para imóveis residenciais, aumento máximo será de 30%
Alta da cobrança está incluída no Orçamento enviado à Câmara, que prevê arrecadação 24% maior com imposto
DE SÃO PAULO
O reajuste do IPTU na cidade de São Paulo poderá chegar no ano que vem a até 30% para os imóveis residenciais e 45% para outros tipos, como comércio ou indústria.
Essas serão as “travas” do reajuste do imposto –percentual máximo de aumento para cada contribuinte.
As informações foram divulgadas ontem pela gestão Fernando Haddad (PT), que detalhou os cálculos de sua estimativa de aumentar em 24% a arrecadação do imposto em 2014, conforme previsto na proposta de Orçamento enviada por ele à Câmara.
O aumento médio para os imóveis residenciais será de 18%, mas a maioria dos contribuintes terá aumento de 20% a 30% nos valores.
O reajuste ficará bem acima da inflação dos últimos 12 meses –de 6%, pelo IPCA.
Outros 2% de imóveis que são isentos do imposto passarão a ter que pagá-lo, e 8% dos contribuintes terão redução no valor cobrado.
Todas as mudanças devem ocorrer devido à revisão da Planta Genérica de Valores, que define a valorização do m² na cidade. Esse preço é usado para calcular os valores venais dos imóveis, que são a base do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
Segundo a prefeitura, os valores oficiais estão “bastantes defasados” porque a última atualização ocorreu em 2009, e, desde então, houve valorização imobiliária sem a devida revisão.
Segundo a gestão, os valores oficiais representam, hoje, cerca de 30% dos valores praticados pelo mercado. Em alguns bairros, os preços mais que dobraram nos últimos quatro anos.
MECANISMOS
Para evitar que toda a valorização seja repassada ao imposto, Haddad diz planejar três mecanismos.
O primeiro é a trava. O segundo é a redução da alíquota de cálculo do imposto. Por exemplo, a faixa de imóveis que hoje tem IPTU calculado em 0,8% do valor venal passará a ter alíquota de 0,7%.
O terceiro é atualizar os mecanismos de descontos.
Atualmente, são isentos os imóveis com valor venal de até R$ 97,6 mil e existe um desconto fixo de R$ 39 mil (no cálculo do imposto) para aqueles com valor venal entre R$ 97,6 mil e 195,2 mil.
A ideia é que a faixa de isenção passe para R$ 160 mil e que sejam aplicados descontos variáveis para imóveis com valor até R$ 320 mil.
Os descontos serão menores à medida que aumentar os valores dos imóveis. O objetivo, segundo a prefeitura, “é evitar distorções entre imóveis de valores semelhantes”.
Todos os dados são projeções da equipe de finanças de Haddad, já que as mudanças precisam ser encaminhadas e aprovadas pela Câmara.
O projeto será protocolado nos próximos dias. O petista espera aprovação até o fim do ano. Apesar de ter maioria, ele pode enfrentar dificuldades. Os vereadores reclamam de ter poucos meses para aprovar grandes projetos do Executivo, como o Plano Diretor, o Orçamento e o Plano Plurianual.
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Pergunta: onde estava a Fiesp quando Kassab aumentou muito mais o IPTU? Por que não entrou com ação na Justiça, como fez agora com Haddad?
A explicação é razoavelmente simples. Além de, àquela época, a Fiesp não estar preparando uma disputa eleitoral de um de seus quadros, Kassab não propôs distribuição de renda, que, para os grandes empresários paulistas, é sempre um palavrão.
Em entrevista recente concedida à Rádio Estado, o prefeito Fernando Haddad revelou que os moradores da periferia iriam pagar menos com a sua reforma do IPTU – 25 distritos iriam pagar menos do que em 2013 e 23 iriam pagar abaixo da inflação acumulada neste ano, ou seja, mais da metade da cidade iria pagar menos IPTU ou teria reajuste bem abaixo da inflação.
Por que, então, a mídia fala em “aumento do IPTU” quando, na verdade, mais da metade dos paulistanos vai pagar menos imposto? Não fica parecendo que só quem conta são os ricos? Pobre pagar menos imposto não entra no noticiário. A maioria dos paulistanos pagar menos imposto não conta. Só o que conta é o incômodo aos mais ricos.
Segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada recentemente, 89% dos paulistanos são contrários à reforma da cobrança do IPTU tentada por Haddad. Como essa reforma beneficiaria mais de 50% deles, isso quer dizer que esses beneficiados não sabem disso.
Recentemente, blogueiros entrevistaram Haddad. Nessa entrevista, criticaram sua política de comunicação. A falta de uma ampla campanha publicitária da prefeitura de São Paulo para informar aos paulistanos de que a maioria deles seria beneficiada pelo novo IPTU dá razão a tais críticas… É ou não é?
Fonte: http://www.blogdacidadania.com.br/2013/12/kassab-aumentou-iptu-em-ate-357-e-fiesp-nao-deu-um-pio/
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
O Pensador da Aldeia: Nossa mídia isenta, ética e sem lado: FOLHA DE SÃO...
O Pensador da Aldeia: Nossa mídia isenta, ética e sem lado: FOLHA DE SÃO...: por Paulo Jonas de Lima Piva O reacionarismo da Folha de São Paulo é inacreditável. Quando pensamos que a Folha chegou no seu limit...
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Haddad ameaçado por grupo de mídia.
Haddad revela a blogueiros que grupo de mídia declarou guerra ao IPTU progressivo
Na última segunda-feira (16), o prefeito Fernando Haddad deu uma longa entrevista na sede da prefeitura a um grupo de blogueiros. Entrevistaram-no Maria Inês Nassif (Carta Maior), Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Renato Rovai (Revista Fórum), Eduardo Maretti (Rede Brasil Atual) e também, com muita honra por estar lá, este que escreve.
Durante cerca de 90 minutos, o prefeito de São Paulo respondeu com desassombro, serenidade e humildade a uma saraivada de questões. Ouviu críticas, inclusive. E chegou a reconhecer que procediam as que recebeu sobre falhas na comunicação de seu governo.
A entrevista foi transmitida ao vivo por streaming pelo site da Revista Fórum, pelo site Conversa Afiada e pela Rede Brasil Atual.
Este blogueiro, porém, não conseguiu transmitir a entrevista nesta página devido ao fato de que toda sua equipe – ou seja, ele e mais ele mesmo – estava consigo, o código de incorporação do vídeo da entrevista só foi entregue aos blogueiros envolvidos pouco depois de chegarem à sala de imprensa da Secom, na prefeitura, e, portanto, não havia quem o colocasse aqui e publicasse o post.
O site Conversa Afiada, o da Revista Fórum e o portal R7, porém, fizeram ótimas matérias e que completaram umas às outras sobre quase tudo que foi discutido na entrevista. Para ler tais matérias, clique no link no nome de cada site, neste parágrafo.
Apesar da boa cobertura que – por falta de divulgação da gravação da entrevista pela Secom – os sites acima citados tiveram que reproduzir a partir das suas anotações, como acontece com toda visão plural sobre o mesmo assunto um site deixou de relatar coisas que outro relatou. Em comum, porém, os três deixaram de lado uma revelação espantosa feita por Haddad.
A preocupação principal deste blogueiro foi levar ao prefeito queixas que tem recebido de seus leitores nesta página e nas redes sociais quanto à política de comunicação do governo da capital paulista. Queixas com as quais concorda, diga-se.
Abaixo, reproduzo a íntegra da principal pergunta que este blogueiro fez ao prefeito de São Paulo e que gerou uma resposta surpreendente de parte dele, a qual, mais adiante, será relatada.
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Pergunta de Eduardo Guimarães ao prefeito Fernando Haddad
Prefeito Haddad,
Obrigado por nos receber.
Antes de perguntar, quero testemunhar que é a segunda vez neste ano que o entrevisto. Ainda assim, prefeito, há quase consenso contra suas políticas de comunicação. Diante da questão política, pois, questões administrativas, que são importantíssimas, ficam prejudicadas.
Mas minha pergunta não é exclusivamente sobre comunicação. É, mais do que tudo, sobre política.
Dizem que em um momento em que o senhor deveria estar fazendo política inclusive nos fins de semana – devido à queda da aprovação ao seu governo nas pesquisas –, o senhor reservou esses dias para a família. Dizem que o senhor não gosta de política.
Dizem também que o senhor privilegia a grande mídia e que não dá maior importância às mídias ditas alternativas. Devido à grande mídia, porém, seu governo se tornou responsável pela corrupção no governo de seus antecessores Gilberto Kassab e José Serra.
Não bastando tudo isso, novamente um governo paulistano do PT está sendo acusado de criar ou aumentar taxas e impostos. E essa medida é adotada estando a popularidade desse governo fortemente abalada.
Seu governo paga até hoje o preço dos protestos de junho, ligados ao transporte, enquanto que o governo Geraldo Alckmin, apesar dos escândalos que enfrenta envolvendo o mesmo transporte público, vem recuperando aprovação.
O vereador Antonio Donato é um dos autores da investigação sobre a máfia do ISS, mas foi defenestrado de seu governo “a pedido”. Essa demissão, porém, soou aos paulistanos como uma confissão de culpa. Dizem que se ele não tivesse culpa teria ficado no cargo.
O senhor diz que não se arrepende de nenhuma dessas medidas ou posturas, mas dizem que elas estão arrasando a imagem de seu governo. Contudo, o senhor soa despreocupado com o aspecto político, que é o que o impede, por exemplo, de aumentar o IPTU.
Minha pergunta, portanto, é a seguinte: sabendo que cargos executivos na administração pública são cargos políticos, não está na hora de o senhor começar a fazer mais política, prefeito?
[...]
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Haddad não só reconheceu que têm havido falhas na comunicação de sua administração, mas também revelou outros problemas que essas falhas vêm gerando.
Relatou, por exemplo, que incontáveis políticas públicas em andamento não são divulgadas porque a mídia não se interessa por reproduzi-las. Relatou, inclusive, que por falha de comunicação da prefeitura há quem pense, por exemplo, que seu governo é o responsável pelo metrô paulistano…
Mas não ficou por aí. Quando o assunto resvalou no aumento do IPTU, ou melhor, na nova política de progressividade do IPTU e que ora se encontra sub judice por conta de ação impetrada pela Fiesp, Haddad fez uma revelação estarrecedora.
Segundo o prefeito de São Paulo, tão logo viu o noticiário da grande mídia sobre sua proposta para o IPTU procurou um dos maiores grupos de comunicação do país para “esclarecê-lo” sobre o fato de que não havia propriamente um aumento do imposto, mas uma política de baixá-lo nas áreas mais pobres da cidade e elevá-lo nas mais ricas.
Detalhe: explicou, didaticamente, que muito mais paulistanos passariam a pagar menos IPTU e que os aumentos atingiriam a uma parcela bem menor dos munícipes.
Haddad revela que se surpreendeu ao ouvir desse interlocutor – que, supõe-se, seja da direção desse grande grupo de comunicação – a enormidade de que todas as suas plataformas de mídia – jornais, revistas, rádios, televisões e portais de internet – tinham ordem de combater sem tréguas essa política pública. O prefeito ouviu, pois, uma virtual declaração de guerra à sua política para o IPTU.
Apesar de a entrevista ter sido meio caótica devido ao fato de que os blogueiros presentes tinham visões diferentes sobre os assuntos levantados, nas visão deste que escreve foi excelente. Quem a assistiu pôde ver um Haddad sereno e consciente de que algo precisa mudar em sua administração. Nem que seja, apenas, sua política de comunicação.
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PS: O prefeito Fernando Haddad não quis revelar o nome do tal “grande grupo de comunicação” que praticamente o ameaçou. Fica, pois, para sua imaginação, leitor, adivinhar que grupo seria esse…
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